sexta-feira, 31 de agosto de 2018

A pena mágica e outros contos à venda online



       Oi gente, anuncio com felicidade que o meu livro A pena mágica e outros contos está à venda na Amazon, Livraria Cultura, Shopping UOL e Buscapé. Link para os sites abaixo.

Amazon:
https://www.amazon.com.br/pena-m%C3%A1gica-outros-contos/dp/8594750315

Livraria Cultura:
 https://www.livrariacultura.com.br/p/livros/literatura-nacional/a-pena-magica-e-outros-contos-47925972

Shopping UOL:
http://shopping.uol.com.br/a-pena-magica-e-outros-contos-mariana-torres-8594750315.html#rmcl

Buscapé:
https://www.buscape.com.br/a-pena-magica-e-outros-contos-mariana-torres-8594750315

sexta-feira, 17 de agosto de 2018

A Seca de 1915: o Romance




          O Quinze foi o primeiro romance escrito por Rachel de Queiroz, em 1930, baseado na grande seca que houve em 1915. Por que peguei esse livro se ele é justo de um gênero que não gosto, que é o que retrata a realidade? Fiquei pensando quais foram os considerados romances clássicos brasileiros que já li? Helena de Machado de Assis, A Hora da Estrela de Clarice Lispector, Iracema de José de Alencar e Macunaíma (faltavam uns três capítulos para acabar, mas parei porque não achei interessante) de Mário de Andrade. Os dois primeiros foram no ensino médio e os outros dois na graduação de Letras. Senti que li muito pouco da considerada “Literatura Brasileira”, que infelizmente não conheci nenhum livro que fosse do meu gênero favorito, que é o de fantasia (com a exceção de Macunaíma, que tinha uns elementos da mitologia indígena), se é que realmente alguém escreveu. Por isso, se tiver algum autor que escreveu esse gênero, ou até mesmo ficção científica, me avise. Então, estou tentando compensar um pouco.
            A história gira ao redor de três personagens: Conceição, uma professora solteira que foi criada por sua avó Inácia, e a convence de sair de sua terra para morar com ela devido à grande seca. O segundo é Vicente, primo de Conceição, que mora em uma fazenda com os pais e as irmãs e faz de tudo para manter viva a sua pecuária. O último é Chico Bento, antigo empregado de uma fazenda que ficou sem trabalho devido à senhora ordenar a soltura dos animais que estavam gastando muito dinheiro em cuidados por causa do calor do sertão. Então, ele e sua família saem para o norte em busca de um lugar melhor.
        Tive certa dificuldade com o livro em relação a algumas palavras. Devido ao livro ter sido lançado em 1930 e se passar no Nordeste, palavras como reses e rama por exemplo, tive que procurar no dicionário para saber seus significados. Aconselharia colocar um glossário em uma próxima edição.
          No geral, o romance foi bom. Nada de espetacular, mas bem escrito. A parte mais chata do livro foram os elementos românticos entre Vicente e Conceição. Já passei da fase de acreditar que pessoas completamente opostas se atraem. Precisa ter pelo menos mais semelhanças do que diferenças para acreditar que vai dar certo e dei graças a Deus que eles não ficaram juntos. Vicente é um homem que vive para o seu gado, que não quis estudar para ser doutor como os irmãos, é ignorante em relação aos estudos e que devido à sua criação, seria considerado hoje um pouco machista, apesar de na época ser algo normal. Enquanto Conceição é uma professora que mora na cidade e gosta de ler e ganhar conhecimento além de ter pensamentos à frente das pessoas de sua região de origem com relação à independência das mulheres, que infelizmente naquela época, até a própria avó dizia para ela que a neta deveria casar e ter filhos para não ser mal falada. O triste, é que a própria Conceição tinha esse pensamento, apesar de suas tentativas de debater isso com a avó Inácia.
            Quanto ao Chico Bento e sua família, foi o meu foco favorito, pois acredito que eles foram os que mais sofreram durante a seca, representando bem aquele momento. Enquanto Vicente perdia o seu gado e tinha esse clima ruim com a Conceição e a própria ajudava os retirantes mortos de fome na cidade, Chico Bento era um retirante, que teve que ir com sua família a pé a caminho para o norte, no calor desgraçado; passando fome e sede; perdendo dois filhos, um que comeu uma mandioca braba (isso para mim foi uma novidade, pois não sabia que existia uma mandioca venenosa), e o mais velho fugindo com um outro grupo. O seu final foi o menos fechado, me deixando curiosa para saber se eles conseguiram se dar bem após mudarem de rumo.
            Algo de interessante foi de como os personagens são bastante religiosos. Não só era descrito as rezas de terço de dona Inácia, as várias vezes que ela vai à igreja, e da fala dos personagens estar consistida de algo como Se o Deus nosso senhor permitir, mas também as posições de madrinha e padrinho serem levadas a sério. Além dos afilhados terem que pedir a benção a eles, a madrinha e o padrinho podem ser considerados como uma segunda mãe ou pai de seus afilhados. Duquinha, o filho mais novo de Chico Bento, ficou morando com Conceição, que era sua madrinha, por insistência da própria e devido às condições de seus pais não serem das melhores no momento.
            Não convivi com vários desses costumes, mas tiveram duas passagens que me lembraram algo da minha família, onde três dos meus avós eram cearenses. Quando é mencionado que todos os irmãos menos Vicente saíram de sua cidade natal para estudar e conseguiram empregos na cidade, me lembrou muito o meu avô Bené, o único de seus irmãos a sair do Ceará para estudar e conseguir um emprego no Rio. Outra, foi quando a minha avó Helena não podia tomar conta de seus filhos mais velhos devido a um acidente e meu tio ficou com sua tia, que também era sua madrinha, enquanto minha avó melhorava, reafirmando os laços de madrinha e afilhado do livro.
            Como disse anteriormente, é um romance legal e bem escrito, sendo muito simples de ler, sem contar essas poucas palavras regionais antigas. Fecharei essa resenha com um trecho da canção Asa Branca de Luiz Gonzaga, música que dancei há muito tempo atrás em uma de minhas festas juninas que me lembrou bastante esse romance:

                                               Hoje longe, muitas léguas
                                               Numa triste solidão
                                               Espero a chuva cair de novo
                                               Pra mim voltar pro meu sertão


domingo, 12 de agosto de 2018

Frases de Extrema Importância


      Faça o seu dever de casa senão eu corto sua mesada!
       Espere o jogo acabar.
        Leve o lixo lá pra fora.
        Imagina quando crescer?
       Zangado não estou, mas vou ficar se não arrumar esse quarto.

       Depois a gente conversa.
        Igualzinha à sua mãe! Faz besteira que nem ela!
       Anda! Vai demorar muito?!

        Difícil?! Difícil era no meu tempo.
       Onde você vai vestida assim?
       Saía desse computador. É a minha vez de usar.

        Pergunte à sua mãe.
        Amanhã eu vejo isso.
        Igualzinha ao pai! É a minha cara!
       Sabe que tenho muito orgulho de você?