terça-feira, 24 de dezembro de 2019
sexta-feira, 20 de dezembro de 2019
sexta-feira, 13 de dezembro de 2019
A Bela e a Fera com fadas
Depois de O Príncipe
Cruel, me interessei pela temática de seres humanos se envolvendo com fadas
e como a sequência deste livro ainda não chegou ao Brasil, decidi começar a ler
uma trilogia já completada. Corte de Espinhos e Rosas foi escrito por
Sarah J. Maas e é o primeiro livro dessa série que pretendo ler até o final.
Há muito tempo, houve uma guerra entre humanos e
feéricos, seres com poderes mágicos, que terminou na divisão de terras através
de um muro. Uma humana chamada Feyre, que mora próxima à muralha, é a caçula de
três irmãs. Mas por causa da promessa que fez à mãe em seu leito de morte, é
ela quem cuida da família, caçando alimentos, e da economia da casa. Em uma de
suas caçadas, ela comete um erro ao matar um lobo, que na verdade era um
feérico. Agora, ela terá que pagar essa dívida.
A primeira coisa que devo comentar é que este livro é
obviamente uma releitura do clássico A Bela e a Fera de Madame de Beaumont.
Como no conto, a protagonista possui duas irmãs mais velhas que pouco a ajudam
nos trabalhos de casa e um pai mercador falido. Porém, as irmãs demonstram
terem personalidade diferente do conto, sendo Nestha, a irmã mais velha, uma
pessoa que se importa e esconde isso através de seu temperamento abrasivo, e a
do meio, Elain, mais doce, inocente. Me interessei por isso e espero vê-las
sendo mais desenvolvidas nos futuros livros. Mas ainda assim, elas ainda te
deixam com raiva, principalmente Nestha, por deixarem tudo nas mãos de Feyre.
Há
também algumas semelhanças com a animação da Disney, principalmente quando se
trata do temperamento de Tamlin, a “fera” do livro. E também há um prazo para
que a maldição se torne permanente. Uma diferença essencial é que Tamlin se
torna uma fera por vontade própria, sendo esse um de seus poderes como feérico.
A maldição é, na verdade, que ele e sua corte são obrigados a usarem máscaras,
sem poder tirá-las. Isso parece ridículo, mas há outra punição: se ele falhar
em fazer com que Feyre se apaixone por ele, mas não contarei spoilers. Só direi
que mais para o final do livro, a história deixa de ser parecida com A Bela
e a Fera e fica mais similar ao Cupido e Psiquê. Quem conhece esse
mito já pode imaginar como as coisas vão fluir. Interessante a decisão da
autora de seguir justo com esse mito, pois é dito que Cupido e Psiquê
foi uma influência na criação do conto A Bela e a Fera.
Como
li este livro logo depois de ler O Príncipe Cruel que, como disse
anteriormente, tem uma temática similar, não pude deixar de comparar a este. Em
ambos os romances é contado do ponto de vista da protagonista e, por
coincidência ou não, as duas jovens são mulheres ativas que sabem usar uma arma,
além do romance entre humano e fada. Essa semelhança já pode fazer alguns
revirarem os olhos e achar que um pode ter copiado. Dentre os dois, Corte de
Espinhos e Rosas foi lançado primeiro em 2015 enquanto o outro saiu três
anos depois. Mas as semelhanças param por aqui.
A
princípio, as regras do mundo dos feéricos parecem ser as mesmas das do livro
de Holly Black, mas logo são subvertidas quando Feyre vai para o mundo deles.
As fadas de Sarah J. Maas são mais poderosas, sendo capazes de mentir e sua
única fraqueza é a de uma madeira chamada freixo. Ferro não as afeta. Não
gostei muito dessa escolha, pois isso as deixa a quase nível de deuses quando
comparados aos humanos.
Diria que o público deste livro seria de quinze anos para
cima devido às inúmeras cenas de sexo. Particularmente, não entraria em muitos
detalhes na descrição dessas cenas, pois não gosto delas e não me sinto
confortável lendo-as.
No geral, gostei da história. Releituras de contos
clássicos sempre me atraem e aprecio quando são bem-feitas. A continuação me
aguarda. Já ultrapassei o muro. Agora é a vez de vocês.
sexta-feira, 6 de dezembro de 2019
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