quinta-feira, 31 de outubro de 2019

A primeira vampira



           Para comemorar esse Dia das Bruxas, decidi ler algo que envolve o tema, com um dos monstros mais conhecidos da humanidade. Carmilla, a vampira de Karnstein foi uma história lançada junto a outros contos no livro In a Glass Darkly em 1872 e foi escrita pelo irlandês Joseph Sheridan Le Fanu. Além de ser uma das marcas da literatura gótica, é dito que Carmilla serviu de inspiração para o Drácula (1897) de Bram Stoker. Ainda não li o romance de Stoker, o que ajuda a analisar o livro por si só sem comparações injustas com o famoso Drácula.

            Laura é uma jovem solitária que vive num castelo afastado. Em uma noite peculiar, uma carruagem bateu, com uma mãe e sua filha. A mãe estava com pressa e como a filha não estava em condições de viajar, o pai de Laura ofereceu a estadia. Com a promessa de buscar a filha daqui a três meses, ela partiu. Ao ver o rosto da jovem pela primeira vez, Laura a reconhece de algum lugar...

            Pesquisando na internet, notei que em sua língua original não há o subtítulo “a vampira de Karnstein”. Isso me incomodou pois já revela uma informação que era para ser um mistério no começo do livro. Compreendo que o livro foi lançado já há muito tempo, mas por não ser uma obra tão conhecida quanto o Drácula, poderia permitir ao leitor que não conhece a história de formar teorias em sua cabeça antes da verdade ser revelada.

            A novela é composta de dezesseis capítulos e vai aos poucos estabelecendo um ambiente de suspense, que te deixaria na dúvida se Carmilla é mesmo a causadora ou uma das vítimas. Apesar dos acontecimentos indicarem mais para o lado de que Carmilla é realmente uma vampira, sou o tipo de leitora que esperaria um plot twist, então levaria os poucos sinais que provam sua inocência em consideração se o subtítulo não revelasse a resposta. Só fica na cara que Carmilla é uma vampira no capítulo onze.

            Laura se mostra como uma jovem ingênua, pois até mesmo com a coincidência do que foi revelado no capítulo onze com o que estava acontecendo com ela, concluiu na hora como apenas uma coincidência. Mas como vivia isolada, não me surpreende tal inocência e da preferência em confiar em Carmilla, que considerava sua amiga.

            O vampiro mostrado nessa história é um pouco diferente do que conhecemos hoje. Primeiro, ele pode sair na luz o dia sem queimar (acredito que foi dessa novela que o livro Crepúsculo tirou essa ideia de vampiros andarem de boa na luz do sol, mas aqui eles não brilham); segundo, ele pode passar por portas trancadas e assumir a forma de um ser peludo semelhante a um gato. Porém, ainda possuem fraqueza de canções religiosas e estacas cravadas em seu coração.

            Há conotações de um relacionamento lésbico por parte de Carmilla e Laura, e bem explícito no caso da primeira. Mas fica ambíguo se Carmilla nutria algum sentimento por Laura e se isso fazia parta de sua natureza vampira para atrair sua presa. O livro quer que você acredite que Carmilla era apenas um monstro que tinha suas presas favoritas e por isso as demorava para matar. Porém, essa informação é dada por terceiros e esse ato foi comparado a uma pessoa apaixonada. O fato de todas as suas vítimas terem sido mulheres também não foi explicado. Como a novela só entrega o ponto de vista de Laura, nunca saberemos o que Carmilla realmente pensava. Quanto Laura, ela fala do quanto adorava Carmilla e como esta a encantava por sua beleza e jeito de ser, ao mesmo tempo que a deixava assustada, principalmente quando lhe dizia coisas estranha, numa mistura de amante apaixonado com tema macabro.

            A história me agradou, apesar de não ser fã do gênero e por seu tamanho pequeno, sua leitura foi dinâmica e rápida. Recomendo a quem goste de literatura de terror, principalmente os clássicos. Se não gostar, ainda assim recomendo. É curta, mas perfeita para ler em uma noite de Halloween.








sexta-feira, 18 de outubro de 2019

A Turma da Maria e Júlia Tirinha 2


                                             Roteiro: Mariana Torres
                                            Arte: Maya Flor

sexta-feira, 11 de outubro de 2019

A Biblioteca à Noite



            Hoje fui a uma exposição no SESC de Copacabana sobre bibliotecas. Acho que quem gosta do assunto, vai adorar essa experiência. Infelizmente não pude tirar fotos (a figura acima foi tirada de um livreto). Esse evento foi criado pela companhia do diretor canadense Robert Lepage, a Ex Machina, e é baseada na obra A Biblioteca à Noite do argentino Alberto Manguel.

            Na primeira parte, somos introduzidos no cenário de uma biblioteca, que conta um pouco de como um espaço agrupado de livros faz o leitor sentir além de alguns fatos históricos. A segunda parte já envolve mais tecnologia, com óculos de realidade virtual, que nos conta a história de bibliotecas algumas conhecidas e outras não. Infelizmente, a nossa Biblioteca Nacional não estava entre elas.

        Vale a pena. A entrada é grátis, só tem que marcar o horário no site. Uma curiosidade: no quarto andar, tem um local em que você pode fazer troca de livros. Troquei um e deixei outros três de meus livros. E no térreo, há um espaço para leitura com livros para distrair. É bom ver que ainda existem lugares que dão esse incentivo.

sexta-feira, 4 de outubro de 2019

Fantasma e Zumbi em Turma da Maria e Júlia: Tirinha 1


TIRINHA 1




ROTEIRO: MARIANA TORRES

ARTE: MAYA FLOR



      Oi gente 😊 Fico feliz em anunciar que eu e minha irmã estamos fazendo tirinhas baseadas nas personagens do livro Fantasma e Zumbi.



     Para os curiosos, me inspirei nas revistas da Turma do Penadinho e também no compilado de tirinhas Cães e Gatos de Carlos Ruas.


      São tirinhas que quem tem ou já teve um cachorro ou um gato entenderá. Comprei na Bienal e não me arrependi. Quem sabe não faço um compilado se vocês gostarem?