sexta-feira, 14 de maio de 2021

O Lado Bom e o Lado Ruim


        Olá, estou repostando minha resenha. O Blogger tinha tirado minha postagem dizendo que ela violou a política de malware e vírus, apesar de não conter nada disso na minha resenha do livro. Suspeito que eles fizeram isso por causa da capa, que parece com uma imagem usada por hackers. Mas posso garantir que é apenas uma capa e ela não fará mal nenhum a ninguém. Nunca julguem um livro pela capa! Aproveitem o texto!

 

         O visconde partido ao meio foi escrito em 1952 por Italo Calvino, que nasceu em Cuba, mas passou a maior parte de sua vida na Itália. Este livro faz parte de uma trilogia chamada Os nossos antepassados, junto com O barão nas árvores e O cavaleiro inexistente.

            O visconde Medardo di Terralba decide participar da guerra contra os turcos. Durante a batalha, ele se deparou no meio de um canhão e lançado para longe. Em busca de feridos, os cristãos o encontraram dividido pela metade e conseguiram fazê-lo voltar à vida. Mas ao voltar para casa, o visconde começou a agir de modo estranho.

Apesar da história ser sobre o visconde, há outros personagens que dividem o foco, como o doutor Trelawney, Pamela, a família de huguenotes e o sobrinho de Medardo, que é o narrador do livro. Há momentos em que o sobrinho descreve pensamentos de outros personagens e cenas em que ele não presenciara pessoalmente. Me pergunto como ele sabia disso. Será que os outros personagens contaram para ele depois?

            O livro pode ser considerado do gênero fantástico pois possui algumas de suas características. O fato de Medardo ter sobrevivido a ser partido em dois e tendo consciência em ambas as metades é uma delas. Seu interesse romântico, Pamela, apesar de ser mais decidida e ousada, possui uma habilidade de conversar com seus animais, que a ajudaram em sua fuga, similar a uma princesa clássica da Disney.

             Algo interessante de se discutir é a personalidade diferenciada de ambas as metades de Medardo. Enquanto a direita é completamente má, a esquerda é completamente boa e ambas precisam uma da outra para ter equilíbrio. Nem mesmo a parte boa de Medardo é perfeita, pois ela chega a ser passiva demais e irritante para os outros pois fica dando lição de moral aos outros. Esta premissa é parecida com o livro A Luneta Mágica de Joaquim Manuel de Macedo, de 1869. Não cheguei a ler este livro, mas pretendo fazer algum dia.

            Foi uma boa leitura. É um livro curto, mas que te faz pensar. Por isso, você pode lê-lo por inteiro. Não pare na metade.


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