sexta-feira, 27 de setembro de 2019

O começo de tudo



         Toda criança tem seu primeiro livro ou o seu livro favorito. Não lembro qual foi o meu primeiro livro, mas lembro de um de meus favoritos. A Família São Bernardo faz parte da Coleção Casinha & Cia que eu adorava ler na biblioteca da escola quando tinha sete anos de idade. Ele foi escrito por Eunice Braido, que curiosamente, não tem o seu nome escrito na capa do livro. Essa versão do livro é a de 1994, que foi a que li. Teve uma mais recente no ano de 2007 se não me engano. Gostava dessa coleção de livros por causa das pequenas curiosidades das raças de cachorro em formato de uma história e da A Família São Bernardo em particular me chamou a atenção quando pequena por ter uma raça com o nome do meu primo.

            Mas não foi só por ele ter sido o meu livro favorito na infância que o estou mencionando. O que o torna especial é o fato de ele ter me incentivado a escrever. Gostei tanto dessa coleção que quis fazer eu mesma os livrinhos. Com a ajuda de minha mãe, que fez as capas e escreveu em dois dos meus livros, A Família Dálmata, A Família Cocker e A Família “Viralata” (eu tinha sete anos e escrevi errado) nasceram. Fui eu que fiz as ilustrações e já vejo que não levo jeito para este ramo. É claro que naquela época, eu nem pensava em ser escritora. Queria ser veterinária como a maioria das crianças de sete anos da minha geração. A pequena Mariana nem imaginava onde isso ia dar.



        Quanto ao livro, a história é bem simples e para um público específico de seis a oito anos. Porém, nunca subestime o poder de um livro infantil. Nunca se sabe o fruto que ele pode gerar no futuro da criança.

sexta-feira, 20 de setembro de 2019

Resolvi dar uma chance e deu nisso



         Bem, eu disse na resenha de A caçadora de dragões que provavelmente não ia ler a sua continuação. Acabei que li.

        Roa e o falcão que a acompanha, Essie, na verdade são irmãs gêmeas que dividem os pensamentos uma com a outra. Agora que está casada com o rei de Firgaard, Dax, Roa tem uma grande responsabilidade em suas mãos, além de ter que dar um jeito de trazer sua irmã de volta.

            A rainha aprisionada é, como disse no primeiro parágrafo, uma continuação de A caçadora de dragões. Ela foi escrita em 2018 pela mesma autora do primeiro, Kristen Ciccareli, e lançada em português nesse ano de 2019. O diferencial desse livro para o primeiro é que seu ponto de vista é trocado. Ao invés de Asha, a protagonista agora é Roa, a atual rainha, vinda da tribo nativa da Casa da Música.

            Assim como no primeiro romance, A rainha aprisionada também possui histórias extras que ajudam a completar lacunas da história principal. Grande parte delas se trata do passado de Roa com a irmã e com Dax. Mesmo assim, achei o enredo muito previsível. E ainda por cima, possui o maior clichê de todos: o triângulo amoroso. Ao contrário de alguns, não o odeio tanto, mas não achei ele tão bem utilizado aqui.

        Não esperava muito desse romance, por isso não me decepcionei. Mas também não me surpreendeu nem aumentou minhas expectativas para ler o terceiro volume.

quarta-feira, 11 de setembro de 2019

Bienal do Livro 2019


              Como uma amante de livros que se preze e que tem o privilégio de morar no Rio, é óbvio que eu não perderia a oportunidade de ir à Bienal. Descobri esse ano que autores podem ir de graça, apenas se inscrevendo no site, que ganha o ingresso para todos os dias do evento. Só fui em um, porque não tinha companhia para ir nos outros e, apesar de morar no estado, do Flamengo para a Barra da Tijuca é muito longe, ainda mais com o acontecimento que irei mencionar mais tarde. Como autora, tive que levar pelo menos um livro de minha autoria para entrar. Dito isso, vou contar como foi o esse dia.

            Fui na sexta-feira, dia 6 de setembro. Estava planejando ir na segunda, mas estava doente nesse dia. A saga começou quando meu pai e eu pegamos o metrô para ir até o Jardim Oceânico, na Barra da Tijuca. Mas tivemos que parar em uma estação antes, em São Conrado, pois a Jardim Oceânico estava sem luz. Descobrimos depois que foi por causa do roubo de cabos elétricos da estação. Triste. Não conseguimos pegar um táxi nem mesmo um ônibus em São Conrado, por isso, voltamos uma estação e pegamos um táxi por lá. Essa viagem custou 80 reais. Ainda bem que meu ingresso era de graça.

            Chegando lá, ainda não estava muito cheio. Almoçamos por e fomos a palestra da Carreira Literária, no auditório do Café Literário. Os convidados foram Flávia Iriarte, fundadora da Carreira Literária, a autora Andressa Tabaczinski e Carlos Andreazza, editor da Record, com a mediação feita por Juan Jullian. A discussão foi sobre como estava a situação dos livros no Brasil, com a falta de dinheiro e o pouco hábito do brasileiro com a leitura. Também falaram de política e como a Record seleciona livros tanto da direita quanto da esquerda apesar dos conflitos de hoje e como é importante ouvir ambos os lados. Como tinha um bom número de pessoas na plateia, aproveitei e ao final distribuí alguns marcadores dos meus livros.

            Quando a palestra acabou, mais ou menos 14h, a Bienal já estava lotada.  O estande da Panini estava com uma fila enorme e nem deu para comprar o mangá da Turma da Mônica Geração 12 volume 2 que eu queria. Estava cheio de crianças vindas de passeios programados pelas escolas. Era uma confusão. Além dos estandes das grandes editoras, também havia estandes de livrarias e pequenas editoras. Algumas delas vendiam até jogos de tabuleiro.

            No final, ao invés de livros, comprei quatro histórias em quadrinhos: Cães e Gatos de Carlos Ruas da editora Planeta, que são tirinhas publicadas em livro; o volume 1 e 2 do mangá A Menina do Outro Lado, criado por Nagabe e distribuídos pela editora Darkside; e Aurora nas Sombras de Fabien Vehlumann e Kerascoët que também foi distribuída pela Darkside e assim como o mangá mencionado anteriormente, vem de capa dura. Quanto ao mangá da Turma da Mônica, não consegui entrar no estande da Panini, então acabei comprando no jornaleiro mesmo.

quarta-feira, 4 de setembro de 2019

Desemprego


          No Brasil, o número de pessoas desempregadas é grande. Por isso, não se pode dar mole. Na sexta passada, o meu notebook novinho, que ganhei em abril deste ano parou de funcionar. Aparecia o logo inicial, carregava depois de um tempo e ficava tela preta. Não aparecia mais nada. Fiquei muito zangada, pois aonde iria escrever meus textos agora? Descobri que eles estavam salvos no meu celular, mas digitar muito tempo no celular com aquela letrinha é muito cansativo.

            Então, lembrei do meu antigo computador, que tem mais ou menos uns sete anos. Ele é lento, mas ainda funciona. Deixei o novo no outro lado da mesa e comecei a usar o velho. Hoje, decidi levar ao conserto. Porém, resolvi testá-lo antes para não passar vergonha e ele acabar funcionando normalmente. E adivinhe? Está funcionando. Nada como a ameaça de um concorrente para que seu funcionário preguiçoso trabalhe do jeito que você precisa.