Como uma amante de livros
que se preze e que tem o privilégio de morar no Rio, é óbvio que eu não
perderia a oportunidade de ir à Bienal. Descobri esse ano que autores podem ir
de graça, apenas se inscrevendo no site, que ganha o ingresso para todos os
dias do evento. Só fui em um, porque não tinha companhia para ir nos outros e,
apesar de morar no estado, do Flamengo para a Barra da Tijuca é muito longe,
ainda mais com o acontecimento que irei mencionar mais tarde. Como autora, tive
que levar pelo menos um livro de minha autoria para entrar. Dito isso, vou
contar como foi o esse dia.
Fui na sexta-feira, dia 6 de setembro. Estava planejando
ir na segunda, mas estava doente nesse dia. A saga começou quando meu pai e eu
pegamos o metrô para ir até o Jardim Oceânico, na Barra da Tijuca. Mas tivemos
que parar em uma estação antes, em São Conrado, pois a Jardim Oceânico estava
sem luz. Descobrimos depois que foi por causa do roubo de cabos elétricos da
estação. Triste. Não conseguimos pegar um táxi nem mesmo um ônibus em São
Conrado, por isso, voltamos uma estação e pegamos um táxi por lá. Essa viagem
custou 80 reais. Ainda bem que meu ingresso era de graça.
Chegando lá, ainda não estava muito cheio. Almoçamos por e
fomos a palestra da Carreira Literária, no auditório do Café Literário. Os
convidados foram Flávia Iriarte, fundadora da Carreira Literária, a autora
Andressa Tabaczinski e Carlos Andreazza, editor da Record, com a mediação feita
por Juan Jullian. A discussão foi sobre como estava a situação dos livros no
Brasil, com a falta de dinheiro e o pouco hábito do brasileiro com a leitura.
Também falaram de política e como a Record seleciona livros tanto da direita
quanto da esquerda apesar dos conflitos de hoje e como é importante ouvir ambos
os lados. Como tinha um bom número de pessoas na plateia, aproveitei e ao final
distribuí alguns marcadores dos meus livros.
Quando a palestra acabou, mais ou menos 14h, a Bienal já
estava lotada. O estande da Panini
estava com uma fila enorme e nem deu para comprar o mangá da Turma da Mônica
Geração 12 volume 2 que eu queria. Estava cheio de crianças vindas de
passeios programados pelas escolas. Era uma confusão. Além dos estandes das
grandes editoras, também havia estandes de livrarias e pequenas editoras.
Algumas delas vendiam até jogos de tabuleiro.
No final, ao invés de livros, comprei quatro histórias em
quadrinhos: Cães e Gatos de Carlos Ruas da editora Planeta, que são
tirinhas publicadas em livro; o volume 1 e 2 do mangá A Menina do Outro Lado,
criado por Nagabe e distribuídos pela editora Darkside; e Aurora nas Sombras
de Fabien Vehlumann e Kerascoët que também foi distribuída pela Darkside e
assim como o mangá mencionado anteriormente, vem de capa dura. Quanto ao mangá da
Turma da Mônica, não consegui entrar no estande da Panini, então acabei
comprando no jornaleiro mesmo.
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