sexta-feira, 2 de abril de 2021

Um novo chamado


 

            Estamos próximos do final da saga. Só falta mais um. A Cadeira de Prata é o sexto livro das Crônicas de Nárnia, ou quarto se for pela ordem de lançamento, estreado no ano de 1953.

            Após sofrer bullying, Jill se esconde e começa a chorar. Eustáquio, colega de turma, se depara com Jill e tenta animá-la, contando de sua viagem secreta para Nárnia. Ambos tentam pronunciar palavras para que Aslam os leve para este mundo até serem interrompidos pelas crianças implicantes. Eles correm até chegar à porta do muro da escola, que vivia sempre trancada. Mas ela se abre. E a paisagem não se parece nada com a do local onde estavam.

            Apesar de ter dezesseis capítulos, a mesma quantidade do livro anterior, deu a sensação de que a história foi mais curta. Talvez porque desta vez os personagens estiveram em poucos lugares quando comparado com A Viagem do Peregrino da Alvorada, cuja aventura se deu em várias ilhas e cada uma tinha um obstáculo diferente.

            Por falar nos personagens, temos a volta de Eustáquio, que mudou sua atitude desde o livro anterior, se tornando alguém mais corajoso e maduro, porém ainda agindo como criança em certas discussões com Jill. Como é a sua primeira vez no mundo de Nárnia, Jill teve de aprender a como lidar com as situações fantásticas assim como enfrentar seus medos. O mais destacável dos narnianos foi Brejeiro, o paulama (criatura que acredito ter sido inventada pelo próprio autor), um sujeito pessimista e desconfiado que acompanha as crianças durante sua missão. E é claro, nem preciso dizer que Aslam aparece no livro. Ele aparece em todas as histórias.

            Há situações que achei que as crianças foram burras. Em uma delas foi quando ouviram a história do desaparecimento do príncipe após avistar uma linda donzela. E no meio de sua jornada, elas encontram uma bela moça junto a um cavaleiro de armadura em um lugar onde não havia humanos, apenas gigantes maus e esta mesma moça diz para eles passarem em um lugar de gigantes “bonzinhos” e descansarem antes de prosseguirem com a viagem. Como elas podem ter sido tolas em não desconfiarem de nada? O único que suspeitou foi o Brejeiro, e elas não deram ouvidos a ele. Sei que o livro se reduziria pela metade se isso não tivesse acontecido, mas não pude deixar de ficar irritada com tamanha burrice dos personagens.

            Uma curiosidade: Neste livro, O Cavalo e seu Menino é mencionado como uma história contada pela corte. Acho que C. S. Lewis queria preparar seus leitores para seu próximo livro, pois este foi lançado um ano depois.

            Contudo, me entretive. Minhas releituras acabaram. Agora vou para o livro final, que será uma leitura completamente nova. Espero vocês na próxima resenha. Não deixem que belas damas os distraiam no caminho.

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