sexta-feira, 5 de novembro de 2021

De volta a Prydain...



                 Voltamos agora para o segundo volume das Aventuras de Prydain. O Caldeirão Negro foi escrito em 1965 pelo escritor Lloyd Alexander e, como o livro que lhe antecede, foi usado pela Disney como base para criar o filme O Caldeirão Mágico.

            Após a derrota do Rei Cornudo, Taran voltará às suas atividades normais de porqueiro-assistente. Mas as forças de Arawn não foram completamente acabadas e com o poder do caldeirão, ele cria mais guerreiros dos cadáveres roubados.

            Uma curiosidade que esqueci de mencionar na resenha de O Livro dos Três é que o autor inspirou esta história na mitologia e no folclore do País de Gales. Um exemplo são as três bruxas Orddu, Orwen e Orgoch, que são baseadas em uma lenda celta. Por falar nelas, as três e o caldeirão são os elementos deste livro que apareceram no filme O Caldeirão Mágico. A animação não segue a sequência certa dos dois livros, e acaba por misturar ambas as narrativas, além de excluir muitos personagens e infantilizar a adaptação.

            Falando nos personagens, como no livro anterior, temos todo o grupo de heróis de volta. Incluindo Doli, um rabugento anão do Povo Formoso, entrou para o grupo como guia para os outros quatro na segunda metade do Livro dos Três. Também temos Ellidyr, um príncipe habilidoso e arrogante; Adaon, filho do chefe dos bardos, que é calmo e misterioso; os outros amigos Gwydion, Morgant e Smoit; e as próprias bruxas que mencionei no parágrafo anterior, os únicos seres verdadeiramente neutros nessa guerra entre o bem e o mal.

Na resenha anterior, elogiei a interação do grupo principal, mas aqui vou expor os pontos negativos: neste livro, as brigas entre Eilonwy e Taran são mais irritantes do que engraçadas. Também não gosto como eles põem sempre Taran para ser o líder do grupo sendo que Fflewddur é mais velho e mais experiente que ele nas lutas. Por falar no protagonista, ele aparentava ter aprendido a lição no volume anterior de que uma aventura poderia ser perigosa. Aqui, ele parece ter esquecido tudo isto e estar ansioso para voltar à ativa. Talvez seja por causa das atividades tediosas de porqueiro-assistente. Espero que o resultado desta jornada fique gravado para o terceiro volume.

            De maneira geral, O Caldeirão Negro tem os mesmos elementos fantásticos do primeiro volume só que com um tom um pouco mais sombrio (houve mortes importantes neste livro), com um ou outro clichê típico da narrativa deste gênero (quem diria que o cavaleiro sério que se veste todo de negro não trairia os outros no final...). Apesar disso, este livro me entreteve. Ainda faltam mais três livros para terminar. Por isso, minha jornada por Prydain deve continuar.

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