Não falei que continuaria
esta saga até o final? Bom, O Castelo de Llyr é o terceiro livro das Aventuras
de Prydain, escrito por Lloyd Alexander em 1966. Sigamos para o resumo:
Infelizmente, Eilonwy não podia ficar para sempre em
Caer Dallben. Então, ela foi mandada acompanhada de Taran e Gurgi para um navio
em direção à ilha de Mona, onde a garota aprenderia a agir como uma princesa. Mas quando eles menos esperaram, aparece o próprio príncipe Gwydion disfarçado de
sapateiro para avisar que todos correm perigo. Qual será esse perigo?
Pelo parágrafo acima, faz parecer que a princesa Eilonwy
teria um papel de destaque. E ela tem, mas apesar da história ser ao seu redor,
a garota não tem um papel muito ativo neste livro pois aqui ela é a donzela sequestrada.
O que é uma pena, pois apesar da personagem ter se tornado irritante para mim
com o passar dos livros, ela tinha um potencial. Porém, aqui ela é só a principal
motivação para Taran, cuja relação com ela apresenta um outro clichê que os
livros anteriores já mostraram que é a dos dois jovens que se amam, apesar de
viverem brigando. Além disso Eilonwy me deixou com raiva ainda no começo,
quando ela julga as outras damas por ficarem no castelo e preferirem atividades
tipicamente femininas enquanto ela gosta de aventuras, e ainda assim ela não
parece ser tão diferente delas quando a questão é ser capturada pelo inimigo,
pois não possui a habilidade de luta como a de seus companheiros homens. E
quando o romance dá uma possibilidade dela ficar poderosa, ele não o faz. Isso
me deixou bastante decepcionada.
E quanto aos outros personagens? Eles foram tão ruins
quanto Eilonwy? Não. A maioria dos personagens mantem as mesmas características que foram apresentados, com exceção de Taran, que finalmente aprendeu a
ser mais responsável após as aventuras anteriores. Infelizmente, Doli, o anão
rabugento, não aparece nesta história. Outro personagem aparece em seu lugar
para completar o grupo é o príncipe Rhun, um jovem atrapalhado, mas de boas
intenções. Também há o retorno de outro personagem que não aparece desde o
primeiro livro que é Achren, a feiticeira mentora de Eilonwy, e a antagonista
principal deste livro.
Algo que percebi no livro anterior, O Caldeirão Negro
e que também notei no Castelo de Llyr é que ambas as capas mostram cenas
que não acontecem na história. No Caldeirão Negro, Eilonwy nunca segurou
uma espada assim como neste livro, a gata gigante nunca atacou Taran e a
princesa no castelo. Sei que não é um erro muito grande, mas acho que a editora
deveria ter tido mais cuidado com isso.
Já a história em geral, foi do mesmo modelo das outras em
que os heróis encontram alguns desafios antes de ir para o conflito final, que
devo dizer que foi meio fraco. Pelo menos o meio me entreteve o bastante.
Apesar
das críticas, não achei O Castelo de Llyr inferior aos volumes
anteriores. Diria que teve consequências menos sérias que O Caldeirão Negro,
mas como disse no parágrafo anterior, eles seguem o mesmo padrão que é bastante
típico da literatura infanto-juvenil. Faltam dois livros para acabar a saga.
Então, continuarei viajando por estas terras. Até a próxima resenha!
Adoro o tema de fantasia, mas odeio quando o autor faz com que os personagens principais sejam "tapados", me frusta totalmente.
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