Chegamos ao último livro
da saga escrita por Lloyd Alexander em 1968, O Rei Supremo. O que Taran vai
enfrentar desta vez? Que destino aguarda nosso protagonista e seus companheiros?
Vamos para o resumo.
Depois de sua jornada pelo autodescobrimento, Taran junto
ao seu companheiro Gurgi retornam a Caer Dallben e reencontram velhos amigos
como Eilonwy, que estava num outro reino aprendendo a ser uma dama, e Rhun, que
agora se tornara rei de sua terra. Mas esta reunião feliz dura pouco pois Fflewddur
chega com o príncipe Gwydion ferido e com a notícia de que os Caçadores de Annuvin
roubaram Dyrnwyn, a poderosa espada de Gwydion.
Diferente dos volumes anteriores, este aqui não possui
apenas o ponto de vista de Taran. Dois capítulos foram dedicados a Eilonwy; um
para Kaw, o corvo; um para o mago Dallben e parte de um capítulo para Gurgi.
Foi interessante sair um pouco do modelo dos outros livros, afinal, este possui
o confronto final entre nossos heróis e o rei de Annuvin, vilão principal que
finalmente aparece.
É aqui neste volume que finalmente vemos a habilidade de
Hen Wen, a porca oracular, que diferente do filme, usa bastões para prever o
futuro ao invés de água. Talvez eles tenham escolhido água no desenho como
referência ao lago que Taran buscara no livro anterior para descobrir sua
ascendência.
Já falei dos pontos positivos, agora falarei dos
negativos. Infelizmente, esta aventura foi a mais chata da saga. Como este
livro tentou ser mais sério, não houve quase nenhuma cena engraçada. O grupo
principal estava bem, como era de se esperar. Eilonwy estava menos chata, graças
a Deus. Mas vários secundários retornaram apenas para morrer em batalha, ou tiveram
poucas menções no texto. Um que teve mais foco foi Glew, o ex-gigante que
aparece no terceiro volume. Porém, achei ele insuportável. Tudo que ele fazia
era reclamar e não fazia nada de útil para o grupo, além de ser ganancioso e
egoísta, em contraparte com Doli, que apesar de ser baixinho e reclamão como Glew,
se importava com seus amigos e os ajudou bastante nas batalhas.
Quanto
ao antagonista principal, Arawn, ele quase não aparece na história. Sabemos que
ele já não entrava em combate e era do tipo manipulador, mas poderia ter pelo
menos dado a ele mais foco e personalidade ao invés de deixá-lo apenas como
obstáculo para os nossos heróis. Por falar em obstáculo, seus servos, os
Nascidos do Caldeirão, aparecem no livro. Porém, estou confusa. A destruição do
Caldeirão Negro no segundo volume não implicaria na morte de todos os seres que
surgiram dele ou apenas impediriam que mais mortos-vivos surgissem? Admito que
não lembro se o autor mencionou isto ou não.
Na nota do autor, Lloyd Alexander fala que nada lhe
proporcionou mais alegria do que escrever As aventuras de Prydain. Mas infelizmente,
o final dessa saga não me satisfez. Como disse no quarto parágrafo, a aventura
foi entediante. O final foi razoável, porém a jornada que fiz para chegar até
ele... Apesar das outras também terem clichês típicos de uma narrativa deste
tipo, este livro quis ser mais sério e falhou, pois as cenas, que eram para
causar impacto, foram muito corridas. Se você já acabou de ler o quarto livro
da saga, aconselho a ler este apenas para saber o destino dos nossos
protagonistas. Bom, minha jornada por Prydain acaba por aqui. Te vejo em uma
próxima resenha.
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