sexta-feira, 17 de junho de 2022

Essa fada...


            Sarah J. Maas está de volta com mais um novo livro da coleção de Corte de Espinhos e Rosas. Corte de Chamas Prateadas é o quarto romance da coleção, lançado em 2020 nos Estados Unidos e em 2021 aqui no Brasil.

            Desde que a guerra de Hybern acabou, Nestha passou meses se isolando. Notando o afastamento da irmã e cansada de seu mal humor constante, Feyre, que agora é Grã-Senhora da Corte Noturna, ordena que ela saia do apartamento e vá treinar com Cassian nas montanhas Illyrianas, proibindo-a de voltar para suas atividades indecentes.

            Pelo resumo acima, nota-se que houve uma troca de protagonista. Desta vez o livro será focado na Nestha, a irmã mais velha de Feyre, e Cassian, general da Corte Noturna e amigo de infância de Rhys e diferente dos romances anteriores, o livro será narrado em terceira pessoa ao invés de primeira.

            A história é dividida em duas subtramas: a trama da evolução da Nestha como pessoa e da possível guerra que pode acontecer em Prythian. Infelizmente, a segunda não é tão bem desenvolvida ou focada quanto a primeira, com o clímax sendo resolvido de forma rápida e sem muita emoção.

            Que nem os outros volumes, este livro possui a classificação para maiores de dezoito anos por um bom motivo. Há mais cenas de sexo (para o meu desgosto) descritas bem detalhadamente. Além disso, há menções de estupro e relações abusivas. Estas não são descritas graficamente, mas achei bom avisar para caso o leitor não se sinta confortável com esses assuntos.

            Como dito anteriormente, este romance propõe o desenvolvimento de Nestha como pessoa, fazendo com que ela se abra aos poucos e se torne alguém melhor enquanto Cassian está aí para ser aquele que lhe oferece a mão e ser seu interesse romântico. Eris, o irmão de Lucien, já tinha me chamado a atenção no livro anterior, que parece ser mais do que um feérico arrogante e parece que seu passado com a Morrigan tem algo mais que ainda não foi revelado. Rhysand parece ter dado uma piorada na sua personalidade e Feyre quase não faz nada neste livro, apesar de ter um bom motivo para isso. A vilã, assim como no volume anterior, é genérica e pouco se sabe sobre Koschei, seu aliado. Quanto aos outros personagens, não tenho muito a dizer a não ser que cumprem bem os seus papeis.

            Encontrei mais curiosidades sobre este e o romance anterior. Tinha comparado a história da rainha Vassa com o balé Lago dos Cisnes na resenha anterior, mas na verdade, ela parece ser uma mistura do conto russo A princesa sapo, onde uma princesa é enfeitiçada como sapo e é mantida prisioneira pelo mago Koschei, que aqui aparece como feérico e do Pássaro de Fogo, tendo a rainha sido transformada na ave do título. Além disso, neste livro aparece um kelpie, ser do folclore celta que engana as pessoas com sua aparência e as afoga para depois devorá-las. Só que aqui, seu corpo é similar ao de um humano ao invés de um cavalo.

            De modo geral, achei bem mais ou menos. O relacionamento dos personagens é razoável, porém a parte que foca na política desse mundo é bem fraca. O livro deu indícios de que teria uma continuação. Não sei se vou ler quando ela sair. Quem sabe? Não sou feérica, mas tenho bastante tempo para esperar.


 

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