sexta-feira, 19 de janeiro de 2024

A Ilha do Dr. Moreau

 


                Já li O Homem Invisível então por que não leria outra obra do autor? A Ilha do Dr. Moreau foi escrito por H. G. Wells em 1896 e é uma de suas quatro obras mais conhecidas, como A Máquina do Tempo, A Guerra dos Mundos e o já mencionado Homem Invisível. Este livro teve duas adaptações cinematográficas, uma em 1977 e outra em 1996.

            Após sua navegação ter sofrido um naufrágio e seus dois companheiros de bote terem se afogado, Edward Prendick acordou em um outro navio, sendo tratado por um doutor chamado Montgomery. Esta embarcação estava cheia de animais destinados à ilha onde Montgomery morava. Após a entrega da carga, o capitão nem quis saber de Prendick e o forçou a voltar ao seu bote. Porém, Montgomery acabou por ajudá-lo, levando-o a conhecer o doutor Moreau, o dono da ilha, e seus estranhos habitantes...

            Desde Frankenstein, livros de ficção científica em que o homem brinca de Deus e é castigado por sua insolência são bastante comuns na literatura. A Ilha do Dr. Moreau não é a exceção. Mas mesmo que essa temática seja considerada um clichê nesse ponto, é algo que até os dias de hoje gera debates interessantes. E esta história ainda acrescenta mais um tema para a discussão, que é “tudo que o homem modifica da natureza, uma hora ou outra, retornará ao seu estado original”. Infelizmente, a novela é muito curta, não tendo muito espaço para maiores detalhes das discussões acima.

            Quanto aos personagens, cumprem bem os seus papeis. O protagonista Edward Prendick, que é também o narrador, serve como o homem comum que foi introduzido à loucura da ilha e com quem a audiência mais se identificará. O doutor Moreau é uma versão mais arrogante e vilanesca de Victor Frankenstein, pois ainda persiste em seus experimentos até o final, não importando as consequências. E por último, Montgomery, o ajudante de Moreau, que viveu as loucuras de seu chefe por tanto tempo que já se acostumou, usando o álcool como sua principal fonte de tratamento. Gostaria que os habitantes da ilha tivessem tido mais foco. Mas talvez tenha sido melhor assim, pois a natureza deles é simples e não teria tanto a acrescentar.

O livro tem algumas semelhanças com Guardiões da Galáxia vol. 3. Não duvido nada que A Ilha do Dr. Moreau foi a inspiração para este filme. Nem que inspire mais obras que venham por aí. Por isto, recomendo a quem seja fã de ficção científica que dê uma lida. Só tomem cuidado. Se virem um coelho morto, olhem para seus arredores e fiquem atentos.

 


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