Você conhece a história
do Pinóquio? Não? Seu nariz está crescendo... Sim, mais uma história na qual a Disney se baseou para fazer um
filme. Mas vou tentar não comparar muito as duas versões, até porque não me
lembro tão bem do filme do Pinóquio. O que eu posso dizer é que na versão do
livro, ele é muito mais travesso deixando o Gepeto na cadeia por sua culpa e
matando o Grilo Falante (sem querer).
O
autor de As aventuras de Pinóquio é Carlo Collodi e a versão que eu li é traduzida
pela autora Marina Colasanti, do selo Companhia das Letrinhas. O personagem
Pinóquio antes de ser um boneco era um pedaço de madeira que um marceneiro
apelidado de mestre Cereja ia usar para fazer uma perna de mesa. Só que o
pedaço de madeira começou a falar, deixando o pobre coitado assustado. Gepeto
aparece depois, pedindo um pedaço de madeira para fazer uma marionete, então
mestre Cereja dá o pedaço de madeira falante. Além desse tipo de loucura sem
explicação tem o fato de outras marionetes falarem e reconhecerem o Pinóquio
(tenho uma teoria de que todas elas vieram de uma floresta mágica, onde as
árvores podiam falar), animais que andam e falam como gente, animais que apenas
falam, um certo personagem voltando como fantasma e outras loucuras. Essas
coisas doidas me lembram um pouco de Alice
no País das Maravilhas, lançada dezoito anos antes, e Sítio do Pica-pau Amarelo.
A
narrativa é em forma de diálogo, em que o narrador conta a história a algumas
crianças. Outra coisa de interessante nesse livro é que mesmo sendo para
crianças, contêm vez ou outra o sarcasmo em diálogos entre adultos ou até mesmo
na narração: “O pobre Gato, sentindo-se gravemente indisposto do estômago, não
conseguiu comer nada além de trinta e cinco sardinhas com molho de tomate e
quatro porções de dobradinha à parmegiana.
E como a dobradinha não lhe parecesse suficientemente temperada, deu-se três
vezes o trabalho de pedir mais manteiga e queijo ralado”. Capítulo 13, página
53.
A
história mostra a jornada de Pinóquio para se tornar um bom menino. E como foi
longa... Dava vontade de dizer Não faça
isso, você já fez isso uma vez e se ferrou. Não descumpra a promessa que você
fez sua anta. Mas vamos ser sinceros, se os protagonistas fizessem tudo de
maneira certa, não haveria história e nem lição para ser ensinada aos leitores.
É um bom livro para ensinar as crianças a serem mais obedientes, não falar com
estranhos e estudar para alcançar um futuro promissor, tudo isso vindo em um
livro só. Ele me deu a mesma sensação de quando eu li Os doze trabalhos de Hércules de Monteiro Lobato, sendo bem
criativo e pedagógico ao mesmo tempo, porém tendo alguns personagens (Pinóquio
e Emília) me irritado algumas vezes. Considero uma boa leitura a ser feita para
crianças, principalmente quando quiser ensinar algumas dessas morais acima.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirEmbora a história queira mostrar o que acontece a quem faz coisas erradas, as crianças amam este livro e o filme, onde veem as imagens maravilhosas de coisas incríveis acontecendo, fazem com que fiquem maravilhados.
ResponderExcluirSim 😊, crianças adoram mundos inventivos e criativos, e isso acaba ajudando a ampliar suas imaginações.
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