quarta-feira, 1 de março de 2017

As aventuras de Pinóquio análise


           Você conhece a história do Pinóquio? Não? Seu nariz está crescendo... Sim, mais uma história na qual a Disney se baseou para fazer um filme. Mas vou tentar não comparar muito as duas versões, até porque não me lembro tão bem do filme do Pinóquio. O que eu posso dizer é que na versão do livro, ele é muito mais travesso deixando o Gepeto na cadeia por sua culpa e matando o Grilo Falante (sem querer).
O autor de As aventuras de Pinóquio é Carlo Collodi e a versão que eu li é traduzida pela autora Marina Colasanti, do selo Companhia das Letrinhas. O personagem Pinóquio antes de ser um boneco era um pedaço de madeira que um marceneiro apelidado de mestre Cereja ia usar para fazer uma perna de mesa. Só que o pedaço de madeira começou a falar, deixando o pobre coitado assustado. Gepeto aparece depois, pedindo um pedaço de madeira para fazer uma marionete, então mestre Cereja dá o pedaço de madeira falante. Além desse tipo de loucura sem explicação tem o fato de outras marionetes falarem e reconhecerem o Pinóquio (tenho uma teoria de que todas elas vieram de uma floresta mágica, onde as árvores podiam falar), animais que andam e falam como gente, animais que apenas falam, um certo personagem voltando como fantasma e outras loucuras. Essas coisas doidas me lembram um pouco de Alice no País das Maravilhas, lançada dezoito anos antes, e Sítio do Pica-pau Amarelo.
A narrativa é em forma de diálogo, em que o narrador conta a história a algumas crianças. Outra coisa de interessante nesse livro é que mesmo sendo para crianças, contêm vez ou outra o sarcasmo em diálogos entre adultos ou até mesmo na narração: “O pobre Gato, sentindo-se gravemente indisposto do estômago, não conseguiu comer nada além de trinta e cinco sardinhas com molho de tomate e quatro porções de dobradinha à parmegiana. E como a dobradinha não lhe parecesse suficientemente temperada, deu-se três vezes o trabalho de pedir mais manteiga e queijo ralado”. Capítulo 13, página 53.

A história mostra a jornada de Pinóquio para se tornar um bom menino. E como foi longa... Dava vontade de dizer Não faça isso, você já fez isso uma vez e se ferrou. Não descumpra a promessa que você fez sua anta. Mas vamos ser sinceros, se os protagonistas fizessem tudo de maneira certa, não haveria história e nem lição para ser ensinada aos leitores. É um bom livro para ensinar as crianças a serem mais obedientes, não falar com estranhos e estudar para alcançar um futuro promissor, tudo isso vindo em um livro só. Ele me deu a mesma sensação de quando eu li Os doze trabalhos de Hércules de Monteiro Lobato, sendo bem criativo e pedagógico ao mesmo tempo, porém tendo alguns personagens (Pinóquio e Emília) me irritado algumas vezes. Considero uma boa leitura a ser feita para crianças, principalmente quando quiser ensinar algumas dessas morais acima.

3 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Embora a história queira mostrar o que acontece a quem faz coisas erradas, as crianças amam este livro e o filme, onde veem as imagens maravilhosas de coisas incríveis acontecendo, fazem com que fiquem maravilhados.

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    1. Sim 😊, crianças adoram mundos inventivos e criativos, e isso acaba ajudando a ampliar suas imaginações.

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