sexta-feira, 28 de julho de 2017

Apollo e Diana: O encontro parte 3

       Parte 3

Bot ficou sem saber o que fazer. Estava programado para ajudar Lana, mas havia duas Lanas naquele momento. Enquanto sua programação tentava decifrar essa questão, Lana comia as batatas. Acabando, se dirigiu a ele:
- Tem um jeito de ir mais rápido para o meu “planeta”?
- Não. Só as aves rubras são capazes de fazer isso.
- E quem as controla?
- Mestre Lana controla usando um sistema instalado dentro de mim. Pode ser por controle ou automático.
- Então é por essa fênix falsa que nós vamos descer.
- Na verdade é subir. Mas a mestre é muito grande para ser carregada.
- Isso não é problema. Vamos voltar para a Caelesti.
O caminho estava vazio. Lana se sentiu aliviada, pois se a vissem carregando uma pessoa desmaiada em direção a floresta, obviamente iria criar suspeitas. Chegando perto da árvore ela ordenou:
- Ligue a ave.
Bot fez um som esquisito. Seus olhos amarelos mudaram para azul e a falsa ave moveu suas asas. Lana chegou bem perto, ainda carregando a outra Lana, abriu novamente a sua bolsa e pegando outro saquinho. O pó tinha uma coloração roxa. Lana o jogou em ambas, fazendo as encolher e cair na ave, que era bem dura. A moça jogou o pó em Bot, mas para sua surpresa, não surtiu efeito:
- Parece que que você não poderá ir com a gente! – gritou para que pudesse ser ouvida. – Então controle a ave apenas para que pouse em segurança lá em cima.
- Fui programado para ser seu robô ajudante. Não poderei ajudá-la se estiver longe.
Dizendo isso, fez mais um barulhinho e saiu algo de metal em seus braços e mãos, que pareciam asas. Os pés pareciam estar em fogo. Lana não sabia bem como isso funcionava, mas de alguma forma, Bot estava voando como a falsa fênix, e assim as acompanhou até o outro lado.


sexta-feira, 21 de julho de 2017

Apollo e Diana: O encontro parte 2

                    Desenho feito por mim. Sei que está ruim, mas foi uma tentativa de fazer uma ilustração para esse texto. :)




                Parte 2

  O lugar parecia um pouco com o interior de sua casa, só que menor e com mais objetos cor de metal. Tudo por aqui é cinza. Será que eles não enxergam cores? O ser a moveu para se sentar no sofá enquanto ele foi para a cozinha:
- Vai querer o de sempre?
- O que é o de sempre?
- Batatas fritas com ketchup.
- Nunca ouvi falar. Mas vou querer.
Lana se levantou para olhar o ser com curiosidade. Ele aumentou as pernas de tamanho de um modo que Lana nunca havia visto para pegar uma panela em um armário alto, depois ficou no tamanho mais próximo do dela. Bruxaria! Tenho que sair daqui! Mas ela estava curiosa demais para tentar. Então, encheu de algo que parecia óleo e colocou em algo que lembrava uma lareira com quatro pequenas bocas. Pegou uma tábua e uma faca em outro armário e batatas na geladeira e as descascou em uma velocidade que nem o melhor cozinheiro de sua cidade era capaz de fazer. Cortou-as depois bem fininhas e colocou-as em uma bacia de água. Esperou um tempo para depois tirá-las para secar. Ligou o fogo e o óleo começou a ferver. Borbulhando bastante, colocou as batatas. A porta principal se abriu:
- Cheguei, Bot. Me prepara um...
Lana viu o que parecia ser um reflexo dela, usando roupas acinzentadas, pequenos brincos e óculos. Ou pelo menos, pareciam óculos:
- Clone! Me clonaram! Mas eu estava trabalhando tão bem. Meu chefe até me elogiou...
- Um changeling*?! O que está acontecendo?! Eu vou para minha casa!
Lana já ia passando pela porta, mas foi segura pela outra Lana:
- Não não. Você fica aqui até me explicar o que está acontecendo.
- Mestre Lana, suas batatas estão prontas.
Bot olhou para uma e depois para outra segurando um prato de batatas com ketchup. Começou a tremer:
- Estou confuso.
A outra Lana tirou o prato da mão dele e colocou na mesa. E então puxou Lana para se sentar no sofá enquanto ela se sentava na cadeira:
- De onde você veio?
- Da cidade de Ouro Branco.
- Nunca ouvi falar. Quem te mandou pra cá?
- Ele me obrigou a vir para cá. – respondeu Lana, apontando para Bot, que ainda estava tremendo. – Ele deve ter me confundido com você. Você também se chama Lana?
- Sim. Mas o que eu quis dizer é se você veio para esta cidade a mando de alguém.
- Não. Eu escalei a Caelesti para ver se pegava a pena de uma fênix e...
- Você está me dizendo que escalou a gigantus caelesti até o final?!
- Sim, e demorei dias para chegar até aqui. Parecia que eu tinha dado a volta e retornado ao mesmo ponto. Mas acho que me enganei. Aqui não é Ouro Branco.
- Mas então isso significa que... Você veio do planeta Diana até aqui?
- Como?
- Você é uma nativa de lá... Só conseguimos tirar algumas fotos com nossas máquinas. Mas nunca conversamos com um nativo. Como você fala minha língua?
- Falando.
- Isso é uma pergunta séria.
- Desde que me conheço por gente. Todos do meu país falam.
- Como é que a nossa gravidade funciona pra você? Estávamos estudando para ver se funcionaria se a gente fosse para o seu planeta.
- Gravi o quê? O que é isso? O que é um planeta?
- Isso é uma coisa difícil de se explicar. É como se a gente morasse em uma bola gigante. Mas no nosso caso, são duas bolas gigantes, que por algum motivo inexplicável, ficam juntas, uma em cima da outra, sem se colidirem, E unidas pela gigantus caelesti, uma espécie única, que não foi encontrada em nenhum lugar por aqui. A bola que a gente está se chama Apollo e a sua se chama Diana.
- Então, estamos dentro de uma bola gigante?
- Sim.
- E eu estava em outra bola?
- Exatamente.
- Isso não faz sentido nenhum. Onde eu vivo é um terreno bem plano.
- O assunto está ficando complicado demais. Não era nem para eu falar com você, pois isso poderia influenciar a sua cultura. Tenho que dar um jeito de te levar de volta.
- Mas eu quero aprender mais sobre esse lugar. Imagina quanto as pessoas da cidade de Viridi iriam se impressionar por saber que existe outro mundo.
- Não precisa se preocupar com isso senhorita. – disse Bot. – Daqui há algumas semanas, um vulcão vai entrar em erupção e acabar com todos que vivem lá.
- Como!?
- Bot! Isso era confidencial! – sussurrou a outra Lana para ele, zangada.
- Um vulcão vai eclodir? Falam do Igneus? Mas ele está adormecido há séculos. E como vocês podem saber uma coisa dessas?
Bot e a outra Lana olharam para ela. Viram que ela esperava uma resposta e que não sairia dali sem uma. Então, a moça esquisita respondeu, contra a sua vontade:
- Como eu disse antes, nós vigiamos o seu planeta para conhecê-lo, usando máquinas como o Bot aqui. Algumas podem medir tremores e alterações meteorológicas. As que chamamos de aves rubras são algumas delas.
Bot foi até um armário e pegou algo que parecia ser do mesmo material que ele, só que vermelho brilhante, parecida com a suposta fênix que Lana estava procurando. Lana ficou chocada:
- Então, vocês tinham todo esse conhecimento e não fizeram nada para nos ajudar?!
- A lei proíbe que nos entremos em contato com nativos. Isso poderia causar uma mudança em sua cultura e não seria mais interessante para as pessoas daqui estudarem. Eu sou uma dessas estudantes.
- Vocês não se importam se alguém da minha gente morre ou não, não é mesmo?
- Bem... Não é que...
Lana abriu sua bolsa enquanto a outra Lana se enrolava com uma explicação, e nela pegou saquinho:
- Você vai ajudar a salvar minha casa, querendo ou não.
- Como?
Lana abriu o saquinho e jogou o pó em sua similar. Ela desmaiou no sofá.


*Ser capaz de tomar a forma de um ser humano. Normalmente eram trocados por bebês para serem cuidados pelos pais. 

sexta-feira, 14 de julho de 2017

Apollo e Diana: O encontro

  Escultura de Luísa Siqueira 


                                                                                    Parte 1

Lana estava cavalgando com seu companheiro unicórnio, quando viu o que parecia ser uma fênix voando perto da árvore Caelesti. Está árvore era louvada pelo seu povo e também era apelidada de a Árvore Sem Fim, pois ninguém nunca a escalou até o seu topo. Mas quando Lana viu a ave, logo quis pegar uma de suas penas e mostrar a todos. Afinal, unicórnios, sereias e boitatás eram comuns. Fênix nem tanto. Como ela ia acampar por essa região, tinha comida e tudo preparado na bolsa. Falou para o unicórnio não esperar por ela. Pegou seus mantimentos e começou a escalar a Caelesti.
            Ela era rápida, mas mesmo assim levou dois dias escalando, fazendo paradas para comer e usando os buracos grandes da árvore para fazer suas necessidades. Mas nada de achar a fênix. Lana imaginava que a ave já havia saído de lá desde o primeiro dia de subida, porém, decidiu continuar a escalada, pois ninguém havia chegado tão longe, e ficou curiosa para ver o topo. Serei lembrada por ser a mais brava e resistente se conseguir. Pensava ela. No quarto dia, a comida estava acabando. Precisava se apressar. A descida será mais rápida que a subida.
Era noite, já havia cruzado o céu. Por algum motivo, parecia que estava de cabeça para baixo. Avistou a grama. Ainda estava muito alto. Mudou de posição para não arriscar cair de cara no chão. Desceu pelos galhos até chegar ao chão. Parecia estar no mesmo lugar que esteve há quatro dias atrás. Dei a volta à toa. Bom, pelo menos agora eu sei que Caelesti não tem um topo, e por isso ela é magnífica.  Rosemary deve ter voltado para casa.  Eu devo fazer o mesmo. Unicórnios são inteligentes. Deve ser porque são imortais. Vou contar pra ela o que aconteceu quando eu chegar. Ela vai ficar admirada. Mesmo tendo vivido muito, duvido que ela soubesse disso.  
E assim, foi caminhando na direção para onde seria a sua casa. Porém, as coisas ao redor não pareciam ser as mesmas de antes. O chão parecia ser de algum tipo de pedra que era desconhecida para Lana. E via várias serpentes gigantes de um olho só, paradas e esticadas para cima, com o olho brilhando e iluminando o caminho. Quando chegou, tudo parecia mudado. As casas não eram de madeira, mas de um material cinza que lembrava o do chão, além de serem maiores. Os celeiros e os mercadinhos haviam desaparecido. As pessoas usavam roupas estranhas e parecidas umas com as outras, sendo brancas e com aros presos nas mangas. Também haviam seres esquisitos caminhando entre elas. Pareciam com pessoas, mas tinham uma coloração prateada, com olhos que pareciam brilhar como o sol e tinham tamanhos variados. Aqui definitivamente não é a minha casa! Um dos seres prateados, cuja a altura alcançava a sua coxa, parou para falar com ela:
- Mestre, o que faz aqui fora? Está tarde. Vamos para casa?
O ser tinha uma voz tremida a qual Lana jamais tinha ouvido. Ele ficou parado, olhando-a e esperando uma resposta:
- Me desculpe, mas acho que você está me confundindo com outra pessoa.
- Meu sistema é de última geração como a mestre disse. Não tem como me enganar. Apesar da roupa esquisita, você é a Mestre Lana.
- Eu já disse que não sou sua...
O ser tocou sua mão. Era frio como metal. Ele a puxou delicadamente:
- Vamos para casa, mestre. Por favor.
Vendo que a criaturinha não ia desistir, Lana acabou indo com ele. A direção que ele a levava seria a mesma que faria para ir a sua casa. Mas aquela não era a sua cidade. Muito menos seria seu lar. E não era mesmo. Chegaram em uma daquelas casas gigantes. A porta se abriu quando o ser a encostou. Era grande ali dentro. Havia sofás e uma atendente da mesma espécie do homenzinho de prata. Ela educadamente deu boa noite, e Lana também o deu, antes de ser puxada para uma cabine pela criaturinha. A cabine se moveu para cima quando ele apertou o número quatro. Rapidamente, a cabine parou e se abriu. A criaturinha puxou novamente Lana por um corredor cheio de portas e abriu a porta de número 408.

sexta-feira, 7 de julho de 2017

Último espécime, primeira análise


             Novamente li um livro todo escrito em inglês. Estou corajosa esse ano. Já pela capa, dá para ver que é feita de um material barato e o papel é o mesmo que o de Howl’s moving castle. Só que pelo menos, a capa do último tinha um desenho bonito e chamativo. Além disso, não acho que a cor amarela seja muito atrativa, mesmo tendo um desenho até que bem feito. The Last Unicorn (O Último Unicórnio) foi escrito em 1968 por Peter S. Beagle, escritor do conto Venha, dona Morte, que aparece na coletânea de contos Criaturas Estranhas, organizada por Neil Gaiman. A minha opinião do conto foi positiva, mas será que o mesmo será dito do romance? Isso será revelado logo após o meu resumo.
            Um unicórnio (fêmea) vivia sozinho em sua floresta, sendo capaz de fazê-la ficar bonita só estando ali, e se considerava feliz. Até que dois caçadores foram até lá em uma de suas caçadas. Um deles suspeitou que ali vivia um unicórnio, pela aura mágica que a floresta dava, e lamentou que ele fosse o último, pois ninguém havia visto um unicórnio há anos. Querendo descobrir se de fato ela é a última, saiu da floresta em busca de informações. Por uma borboleta, descobriu que os mesmos de sua espécie foram levados pelo Red Bull (Boi Vermelho), mandado pelo terrível rei Haggard. Assim, sua jornada começa.
            Há partes interessantes da história que mostram um diálogo com um outro livro e uma lenda. O primeiro é quando aparece esta charada Why is a raven like a writing desk?” (Por que o corvo se parece com uma escrivaninha?), que é originada do livro Alice no País das Maravilhas de Lewis Carroll em que o Chapeleiro pergunta para Alice. A segunda é a lenda de Robin Hood, que é conhecida pelos personagens desse romance.
            Outra coisa que me chamou a atenção foi a corrupção explícita do prefeito de uma cidade, em que os ladrões o pagam para continuarem roubando livremente. É comum em histórias fantásticas existir um governador tirano e cruel, nesse próprio livro há, mas nunca vi esse tipo de situação.
            Existem mais personagens que dividem o protagonismo com “a” unicórnio. E eles são o mago Schmendrick e Molly Grue. Também tem o príncipe Lír, mas não achei ele tão interessante quanto os dois acima. Molly e o mago ajudaram bastante a unicórnio em sua jornada, e são os personagens mais interessantes do livro. A partir do parágrafo a seguir, vou dar spoilers por achar que sejam necessários para minha análise. Se quiser evitá-los, pule para o último parágrafo.
            Voltando a falar da personalidade dos personagens, vamos começar com a nossa heroína. A unicórnio é boa, mas é muito metida e fria (no sentido de não demonstrar muitas emoções) no começo. Quando foi transformada em outro ser, ficou falando que era feio (apesar de ter uma aparência bela) na frente de seres dessa espécie. Se eu tivesse sido transformada em um sapo, é claro que eu ficaria zangada e enojada, mas evitaria falar mal disso na frente de outros sapos que são capazes de me entender por respeito. Mas ela piora quando começa a ter amnesia após a transformação. Isso a fez formar uma outra “personalidade”, mas infelizmente é bem mais chata que a primeira, pois a única coisa que eu vi foi o seu amor pelo príncipe. Pelo menos como unicórnio, ela tinha mais atitude. Não sei se amnesia faz as pessoas ficarem mais sem graça na vida real, porém isso é uma história fantástica, feita para nos entreter, e ela assim não me deixou entretida. Pode ser não pela a amnesia, mas pelo fato de estar apaixonada, o que para mim é pior ainda, já que são esses tipos de romance que fazem as pessoas ficarem enjoadas. Quando as pessoas ficam apaixonadas, elas só ficam pensando naquela que amam o tempo todo? Não tem como pensar em outras coisas mesmo estando apaixonado? Pergunto isso porque no momento que escrevi esta resenha, eu não tive uma paixão em si, só uma pequena quedinha de infância. Também para descobrir se o que eu li faz juízo com as pessoas que já tiveram esse sentimento ou não.
No final, isso a ajuda na luta contra o Boi Vermelho quando ela retorna a sua forma original, e assim ela aprende a ter arrependimento, tristeza e amor, emoções que os unicórnios normais não sentiam. Porém, teria sido mais interessante se ela não tivesse amnesia mantendo sua personalidade original.
            No caso do mago, ele é atrapalhado, mas sábio. Ele tenta buscar a sua magia máxima, pois foi enfeitiçado a viver na imortalidade até que a encontre. Isso faz um paralelo interessante com a unicórnio, que quando se transforma em uma mortal, quer ter sua forma original de volta, junto com a sua imortalidade, enquanto Schmendrick quer se mortal de novo. Molly Grue vivia com ladrões e tem um temperamento forte, mas no fundo tem boas intenções, tendo se juntado a unicórnio para ajudá-la. Foi também revelado que ela se juntou ao grupo de ladrões porque sonhava viver como o Robin Hood, e obviamente, isso não deu certo. Esses dois tiveram mais foco desde a metade do início até o final, e acabei me afeiçoando a eles. Se tiver uma continuação, quero que seja na jornada dos dois.
        Interessante saber que os personagens entendem algo da “Jornada do Herói”, por exemplo, havia uma maldição que uma bruxa fez ao rei Haggard que alguém nascido da cidade de Hagsgate ia acabar com o reinado dele e acabaria com a boa vida que o seu lugar de nascença estava tendo. Com isso, os cidadãos não decidiram não ter nenhum filho. Porém, alguém teve e abandonou pela cidade. Quando um dos moradores viu gatos se aproximando da criança, ele os afastou, pois sabia que era assim o nascimento de um herói. Depois, deixou o bebê onde estava e o rei o encontrou e o criou. O mago assim presumiu que seria o príncipe o responsável que cumpriria a maldição. E estava certo de uma forma. Foi a unicórnio que enfrentou o Boi, fazendo a profecia se concretizar. Mas foi vendo o amado ferido que a fez ter raiva o suficiente para isso.
     De uma forma geral, gostei da história. É criativa e tem pelo menos dois personagens interessantes. O amor romântico era clichê, mas é de se esperar pelo ano em que o livro foi publicado. Não tenho mais nada a dizer a não ser corra para conhecer esses seres místicos, que aparecem pouco para os humanos, mas até que com frequência nos filmes. E é claro, que saiba ler inglês. Tentei achar em português e falhei.