Escultura de Luísa Siqueira
Parte 1
Lana
estava cavalgando com seu companheiro unicórnio, quando viu o que parecia ser
uma fênix voando perto da árvore Caelesti. Está árvore era louvada pelo seu
povo e também era apelidada de a Árvore Sem Fim, pois ninguém nunca a escalou
até o seu topo. Mas quando Lana viu a ave, logo quis pegar uma de suas penas e
mostrar a todos. Afinal, unicórnios, sereias e boitatás eram comuns. Fênix nem
tanto. Como ela ia acampar por essa região, tinha comida e tudo preparado na
bolsa. Falou para o unicórnio não esperar por ela. Pegou seus mantimentos e começou
a escalar a Caelesti.
Ela era rápida, mas mesmo assim levou dois dias
escalando, fazendo paradas para comer e usando os buracos grandes da árvore
para fazer suas necessidades. Mas nada de achar a fênix. Lana imaginava que a
ave já havia saído de lá desde o primeiro dia de subida, porém, decidiu
continuar a escalada, pois ninguém havia chegado tão longe, e ficou curiosa
para ver o topo. Serei lembrada por ser a
mais brava e resistente se conseguir. Pensava ela. No quarto dia, a comida
estava acabando. Precisava se apressar. A
descida será mais rápida que a subida.
Era
noite, já havia cruzado o céu. Por algum motivo, parecia que estava de cabeça
para baixo. Avistou a grama. Ainda estava muito alto. Mudou de posição para não
arriscar cair de cara no chão. Desceu pelos galhos até chegar ao chão. Parecia
estar no mesmo lugar que esteve há quatro dias atrás. Dei a volta à toa. Bom, pelo menos agora eu sei que Caelesti não tem
um topo, e por isso ela é magnífica. Rosemary deve ter voltado para casa. Eu devo fazer o mesmo. Unicórnios são
inteligentes. Deve ser porque são imortais. Vou contar pra ela o que aconteceu
quando eu chegar. Ela vai ficar admirada. Mesmo tendo vivido muito, duvido que
ela soubesse disso.
E
assim, foi caminhando na direção para onde seria a sua casa. Porém, as coisas
ao redor não pareciam ser as mesmas de antes. O chão parecia ser de algum tipo
de pedra que era desconhecida para Lana. E via várias serpentes gigantes de um
olho só, paradas e esticadas para cima, com o olho brilhando e iluminando o
caminho. Quando chegou, tudo parecia mudado. As casas não eram de madeira, mas
de um material cinza que lembrava o do chão, além de serem maiores. Os celeiros
e os mercadinhos haviam desaparecido. As pessoas usavam roupas estranhas e
parecidas umas com as outras, sendo brancas e com aros presos nas mangas. Também
haviam seres esquisitos caminhando entre elas. Pareciam com pessoas, mas tinham
uma coloração prateada, com olhos que pareciam brilhar como o sol e tinham
tamanhos variados. Aqui definitivamente
não é a minha casa! Um dos seres prateados, cuja a altura alcançava a sua
coxa, parou para falar com ela:
-
Mestre, o que faz aqui fora? Está tarde. Vamos para casa?
O
ser tinha uma voz tremida a qual Lana jamais tinha ouvido. Ele ficou parado,
olhando-a e esperando uma resposta:
-
Me desculpe, mas acho que você está me confundindo com outra pessoa.
-
Meu sistema é de última geração como a mestre disse. Não tem como me enganar.
Apesar da roupa esquisita, você é a Mestre Lana.
-
Eu já disse que não sou sua...
O
ser tocou sua mão. Era frio como metal. Ele a puxou delicadamente:
-
Vamos para casa, mestre. Por favor.
Vendo
que a criaturinha não ia desistir, Lana acabou indo com ele. A direção que ele
a levava seria a mesma que faria para ir a sua casa. Mas aquela não era a sua
cidade. Muito menos seria seu lar. E não era mesmo. Chegaram em uma daquelas
casas gigantes. A porta se abriu quando o ser a encostou. Era grande ali
dentro. Havia sofás e uma atendente da mesma espécie do homenzinho de prata.
Ela educadamente deu boa noite, e Lana também o deu, antes de ser puxada para
uma cabine pela criaturinha. A cabine se moveu para cima quando ele apertou o
número quatro. Rapidamente, a cabine parou e se abriu. A criaturinha puxou
novamente Lana por um corredor cheio de portas e abriu a porta de número 408.
Bom demais!no aguardo ;)
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