A Caçadora de Dragões
é o primeiro livro da trilogia Iskari
escrito por Kristen Ciccarelli. No momento em que posto esta resenha, ainda não
foi lançado o segundo livro em português, apenas em inglês. Este é um livro
High Fantasy, ou seja, que se passa em uma terra completamente imaginada. O Low
Fantasy possui os elementos fantásticos dentro do mundo realista, como Harry Potter.
Asha cometeu um crime terrível aos
dez anos: contar histórias, que atraem perigosos dragões. Isso ocasionou a
morte de várias pessoas. Sendo filha do rei, foi poupada, mas teria que caçar
essas criaturas como meio de se redimir, inclusive o primeiro e mais forte
dragão, Kozu.
A premissa me atraiu. Dragões que
são atraídos por histórias é algo novo em sua mitologia, que no ocidente é
visto como seres poderosos e ferozes, enquanto no oriente, apesar da força, são
vistos como entidades possuidoras de grande conhecimento. Nesse romance, eles
são apresentados como uma mistura dos dois. Mas me decepcionei um pouco pois
esperava que eles falassem. Porém, eles transmitem suas histórias através de
algo que lembra telepatia. E só fazem isso para contar histórias e não para
conversarem. Queria também que essa relação entre o humano e o dragão de contar
histórias um para o outro fosse mais explorada no livro, que foi algo bem
rápido, focando mais na revolta e no romance.
Algo que também me atraiu enquanto
fui lendo foi o romance. Faz um tempo que não leio algo que envolva duas
pessoas se apaixonarem e senti falta disso. No geral, foi uma história rápida.
E não rápida por causa de seus capítulos curtos, mas no sentido de que as
coisas estavam andando depressa demais. Talvez seja pelo livro se centrar no
ponto de vista de Asha.
Tive uma reação mista. O livro me deixava
ansiosa para ler o próximo capítulo, mas como uma leitora com certa
experiência, esperava que essa briga entre os draksors e os dragões não era o
que parecia e que havia algo como “a história é contada apenas pelos
vencedores”, e que o lado dos perdedores tinha uma outra versão. SPOILER: estava certa. Algo que acho
que a autora cometeu um pequeno deslize foi quando o Antigo, o mais poderoso
dos deuses do povo de Asha, mandou um presente específico e mandou que a garota
tomasse conta, senão receberia uma punição. Ela sem querer não conseguiu tomar
conta e não recebeu nenhuma punição, algo que achei incoerente, pois ele a
puniu anteriormente quando esta o desobedeceu.
Quanto ao livro como objeto, a capa apresenta
um dragão branco com uma espada perfurando o coração, que é o símbolo da
família real de Asha, e um dragão negro que representa Kozu, a fonte de
histórias. Esses desenhos dialogam bem com o livro. Na orelha detrás do livro, veio
um marcador para recortar, e pra variar, cortei muito mal. Mas gostei da ideia.
Não sei se vou ler a continuação se
sair aqui no Brasil. Apesar do livro dar a entender que os personagens
enfrentarão mais perigos em sua jornada, a trama tem um final fechado. O
romance é curto e fácil de ler. Para quem deseja lê-lo, escute com atenção o
que ele tem a lhe contar.
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