sexta-feira, 8 de setembro de 2017

Apollo e Diana: O encontro parte 6

              Parte 6
           
            Antes de seguir, o grupo passou na casa de Lana que fez Alana trocar de roupa e colocar uma vestimenta em Bot, pois ambos chamavam muito atenção. A roupa que Alana vestiu era igual à de Lana, fazendo-as serem diferenciadas apenas pelos pequenos brincos de prata que Alana usava. Estavam mais gêmeas do que nunca. Lana tinha roupas pequenas, que de acordo com ela, era de um gnomo que passou um tempo em sua casa e as esqueceu. A camisa tinha até um zíper atrás, que permitia Alana de abrir e digitar os acontecimentos. “Não só eles têm geladeira, mas zíper também. Eles são mais evoluídos do que a gente pensa.”  Foi uma das coisas que ela digitou.
            Depois de separarem comida para a viagem, Lana, Alana e Bot foram em direção à Lagoa da Estrela Caída, montados em Rosemary, que os carregava como se não tivesse nada nas costas:
            - Finalmente uma aventura! – disse Lana excitada. – Faz tempo que a gente não entra em uma.
            - Sim, e dessa vez eu posso ir contigo, ao invés de me deixar sozinha te esperando enquanto você escalava aquela árvore.
            - Seria mais fácil se você se tornasse humana e pudesse escalar junto comigo. Até te ofereci comprar uma poção cara para isso, mas você recusou.
            - Eu? Me tornar humana e ter cinco minhocas em minhas patas? Nem pensar! Além disso, já estou acostumada com você me abandonando pelas suas escaladas.
            - Como você ganha dinheiro aqui nesse mundo?
            - Eu trabalho para o grupo Alcateia. Eles nos treinam e nos mandam para missões específicas, como descobrir um objeto mágico ou uma criatura nova. Aumentando de posição, as missões ficam mais difíceis, mas se ganha mais dinheiro. Eu estou na posição Alpha, que é a posição mais alta.
            - Tipo um videogame de RPG medieval.
            - Tipo o quê?
            - Nada, ia ser muito complicado te explicar.
            - É um jogo que pode ser jogado tanto em tabuleiro quanto em um meio tecnológico, como em computador, celular, plataforma específica para o jogo e em robôs de última geração, como eu. Em...
            - Me mostra o jogo, Bot.
            - Eu também quero ver.
            - Não, ninguém vai acessar minha conta. Demorei um tempão para chegar naquela fase, e não vou deixar que vocês estraguem.
            - Fase?
            - Podemos parar para comer? – perguntou Alana, mudando de assunto.
            - Não precisa, já estamos chegando.
            Rosemary parou perto, mas não tanto, de uma lagoa, que parecia brilhar em seu centro. Lana guardou o mapa na bolsa e desceu de sua amiga unicórnio, ajudando os outros dois passageiros logo depois:
            - Aqui é o máximo que podemos chegar. Se nos aproximarmos mais, o Mboi Tu’i irá nos atacar.
            - Mboi o que?
            - Mboi Tu’i, o guardião da lagoa. Todos os que ousaram nadar na Lagoa da Estrela Caída jamais voltaram. Por isso, precisamos estar bem preparadas.
            - E você acha que consegue passar por esse guardião, algo que outros não conseguiram? Isso se ele existir mesmo.
            - Lana e eu já enfrentamos cada coisa grande e mágica, você acha mesmo que temos medo disso? Somos profissionais.
            - Sim. Somos Alpha. Agora, antes de agirmos, precisamos ver o tamanho dele. Precisamos de uma isca.
            Ela olhou para Bot com um certo interesse, mas Alana logo a cortou:
            - Não, vocês não vão colocar o Bot nisso.
            - Agradeço a preocupação mestre...
            - Ele é caro. Não terei dinheiro para pagar pela perda se ele se quebrar. Mas por outro lado...
            Alana abriu a bolsa que havia pegado emprestada de Lana, e dela tirou a ave rubra:
            - Bot, ligue os controles e a câmera da ave rubra. Se realmente tiver alguma coisa, terei algo para provar.
            - Sim, mestre.

            Os olhos de Bot brilharam e mudaram de amarelos para azuis. Alana abriu o zíper das costas de Bot, e delas saiu um controle. Tirou o gorro, e detrás da cabeça apareceu a lagoa sendo filmada. Lana e Rosemary olharam com curiosidade. A câmera estava nos olhos do pássaro falso. Alana clicou em vários botões e fez a ave bater as asas, que ao contrário do resto, não eram feitas de metal, e sim de um material leve, mas tão forte e resistente quanto o metal do resto do corpo. Ela foi voando em direção a lagoa. Quando chegou perto do meio, Alana teve que desviar, pois algo grande havia surgido, espalhando água para os lados.

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