terça-feira, 24 de dezembro de 2019
sexta-feira, 20 de dezembro de 2019
sexta-feira, 13 de dezembro de 2019
A Bela e a Fera com fadas
Depois de O Príncipe
Cruel, me interessei pela temática de seres humanos se envolvendo com fadas
e como a sequência deste livro ainda não chegou ao Brasil, decidi começar a ler
uma trilogia já completada. Corte de Espinhos e Rosas foi escrito por
Sarah J. Maas e é o primeiro livro dessa série que pretendo ler até o final.
Há muito tempo, houve uma guerra entre humanos e
feéricos, seres com poderes mágicos, que terminou na divisão de terras através
de um muro. Uma humana chamada Feyre, que mora próxima à muralha, é a caçula de
três irmãs. Mas por causa da promessa que fez à mãe em seu leito de morte, é
ela quem cuida da família, caçando alimentos, e da economia da casa. Em uma de
suas caçadas, ela comete um erro ao matar um lobo, que na verdade era um
feérico. Agora, ela terá que pagar essa dívida.
A primeira coisa que devo comentar é que este livro é
obviamente uma releitura do clássico A Bela e a Fera de Madame de Beaumont.
Como no conto, a protagonista possui duas irmãs mais velhas que pouco a ajudam
nos trabalhos de casa e um pai mercador falido. Porém, as irmãs demonstram
terem personalidade diferente do conto, sendo Nestha, a irmã mais velha, uma
pessoa que se importa e esconde isso através de seu temperamento abrasivo, e a
do meio, Elain, mais doce, inocente. Me interessei por isso e espero vê-las
sendo mais desenvolvidas nos futuros livros. Mas ainda assim, elas ainda te
deixam com raiva, principalmente Nestha, por deixarem tudo nas mãos de Feyre.
Há
também algumas semelhanças com a animação da Disney, principalmente quando se
trata do temperamento de Tamlin, a “fera” do livro. E também há um prazo para
que a maldição se torne permanente. Uma diferença essencial é que Tamlin se
torna uma fera por vontade própria, sendo esse um de seus poderes como feérico.
A maldição é, na verdade, que ele e sua corte são obrigados a usarem máscaras,
sem poder tirá-las. Isso parece ridículo, mas há outra punição: se ele falhar
em fazer com que Feyre se apaixone por ele, mas não contarei spoilers. Só direi
que mais para o final do livro, a história deixa de ser parecida com A Bela
e a Fera e fica mais similar ao Cupido e Psiquê. Quem conhece esse
mito já pode imaginar como as coisas vão fluir. Interessante a decisão da
autora de seguir justo com esse mito, pois é dito que Cupido e Psiquê
foi uma influência na criação do conto A Bela e a Fera.
Como
li este livro logo depois de ler O Príncipe Cruel que, como disse
anteriormente, tem uma temática similar, não pude deixar de comparar a este. Em
ambos os romances é contado do ponto de vista da protagonista e, por
coincidência ou não, as duas jovens são mulheres ativas que sabem usar uma arma,
além do romance entre humano e fada. Essa semelhança já pode fazer alguns
revirarem os olhos e achar que um pode ter copiado. Dentre os dois, Corte de
Espinhos e Rosas foi lançado primeiro em 2015 enquanto o outro saiu três
anos depois. Mas as semelhanças param por aqui.
A
princípio, as regras do mundo dos feéricos parecem ser as mesmas das do livro
de Holly Black, mas logo são subvertidas quando Feyre vai para o mundo deles.
As fadas de Sarah J. Maas são mais poderosas, sendo capazes de mentir e sua
única fraqueza é a de uma madeira chamada freixo. Ferro não as afeta. Não
gostei muito dessa escolha, pois isso as deixa a quase nível de deuses quando
comparados aos humanos.
Diria que o público deste livro seria de quinze anos para
cima devido às inúmeras cenas de sexo. Particularmente, não entraria em muitos
detalhes na descrição dessas cenas, pois não gosto delas e não me sinto
confortável lendo-as.
No geral, gostei da história. Releituras de contos
clássicos sempre me atraem e aprecio quando são bem-feitas. A continuação me
aguarda. Já ultrapassei o muro. Agora é a vez de vocês.
sexta-feira, 6 de dezembro de 2019
sexta-feira, 29 de novembro de 2019
sexta-feira, 22 de novembro de 2019
Sequência com gostinho de quero mais
Retorno com a sequência de
Os Noivos de Inverno, Desaparecidos em Luz da Lua de Christelle
Dabos. Na resenha do primeiro livro, conto como sua história me atraiu. Será
que sua continuação é tão boa quanto?
Depois de ser descoberta como a noiva do infame Thorn,
Ophélie terá que lidar com que o espírito familiar do Polo, Farouk, que decidiu
torná-la sua vice-contista. Além disso, uma pessoa desapareceu no hotel Luz da
Lua, e os dons de Ophélie são necessários para resolver este mistério.
Após o término do primeiro romance, fiquei ansiosa pela
continuação. Fui até em busca do site e do twitter da editora em busca de
notícias. Agora que terminei de ler, só tenho um pedido a fazer à editora Morro
Branco: traduzam logo o terceiro volume porque não sei se vou aguentar mais um
ano de espera. Desaparecidos em Luz da Lua não só expande o universo
estabelecido anteriormente pela autora, mas também nos dá uma ambientação
similar a trilogia Fronteiras do Universo de Philip Pullman com relação
ao Deus supostamente mal, que esconde e manipula os humanos para atingir seus desejos.
Além da história central, o romance também é composto de
fragmentos de memória do espírito familiar Farouk, que nos mostra um pouco do
seu passado obscuro e misterioso. Os personagens tanto protagonistas quanto
secundários e antagonistas te atraem por sua personalidade e história, além de
alguns terem um crescimento significativo no decorrer dos dois romances. Dabos
consegue equilibrar bem as cenas cômicas com as sérias, como fez em seu romance
anterior. O único ponto fraco desta obra foi o romance, que apesar de ser bem-vindo
e de gostar bastante da química entre os dois personagens, achei rápido demais.
Para quem gosta um pouco de romance policial, esse livro tem como um dos temas
principais achar o culpado do desaparecimento mencionado acima. Talvez os
leitores experientes nesse gênero possam achar meio previsível quem é o culpado
do crime, mas não foi o meu caso.
Tenho a legitima impressão de que o terceiro livro, que
já saiu na França, vai demorar a chegar em nossas terras tupiniquins, pois ele
nem foi traduzido para a língua inglesa. Mas dei uma pesquisada e descobri que
a tradutora do livro, Sofia Soter, fez a tradução do francês para o português,
então não precisa esperar a versão em inglês para traduzir, o que me deixa um
pouco esperançosa. Para aqueles que leram Os Noivos do Inverno e querem
ler a sequência, aconselho a lerem devagar, saboreando cada momento enquanto
estiverem no Polo, pois a passagem de ida para o terceiro livro não deve chegar
tão cedo.
sexta-feira, 15 de novembro de 2019
sexta-feira, 8 de novembro de 2019
quinta-feira, 31 de outubro de 2019
A primeira vampira
Para comemorar esse Dia
das Bruxas, decidi ler algo que envolve o tema, com um dos monstros mais
conhecidos da humanidade. Carmilla, a vampira de Karnstein foi uma
história lançada junto a outros contos no livro In a Glass Darkly em 1872
e foi escrita pelo irlandês Joseph Sheridan Le Fanu. Além de ser uma das marcas
da literatura gótica, é dito que Carmilla serviu de inspiração para o Drácula
(1897) de Bram Stoker. Ainda não li o romance de Stoker, o que ajuda a analisar
o livro por si só sem comparações injustas com o famoso Drácula.
Laura é uma jovem solitária que vive num castelo afastado.
Em uma noite peculiar, uma carruagem bateu, com uma mãe e sua filha. A mãe
estava com pressa e como a filha não estava em condições de viajar, o pai de
Laura ofereceu a estadia. Com a promessa de buscar a filha daqui a três meses,
ela partiu. Ao ver o rosto da jovem pela primeira vez, Laura a reconhece de
algum lugar...
Pesquisando na internet, notei que em sua língua original
não há o subtítulo “a vampira de Karnstein”. Isso me incomodou pois já revela
uma informação que era para ser um mistério no começo do livro. Compreendo que
o livro foi lançado já há muito tempo, mas por não ser uma obra tão conhecida
quanto o Drácula, poderia permitir ao leitor que não conhece a história
de formar teorias em sua cabeça antes da verdade ser revelada.
A novela é composta de dezesseis capítulos e vai aos
poucos estabelecendo um ambiente de suspense, que te deixaria na dúvida se
Carmilla é mesmo a causadora ou uma das vítimas. Apesar dos acontecimentos
indicarem mais para o lado de que Carmilla é realmente uma vampira, sou o tipo
de leitora que esperaria um plot twist, então levaria os poucos sinais que
provam sua inocência em consideração se o subtítulo não revelasse a resposta. Só
fica na cara que Carmilla é uma vampira no capítulo onze.
Laura se mostra como uma jovem ingênua, pois até mesmo
com a coincidência do que foi revelado no capítulo onze com o que estava
acontecendo com ela, concluiu na hora como apenas uma coincidência. Mas como
vivia isolada, não me surpreende tal inocência e da preferência em confiar em
Carmilla, que considerava sua amiga.
O vampiro mostrado nessa história é um pouco diferente do
que conhecemos hoje. Primeiro, ele pode sair na luz o dia sem queimar (acredito
que foi dessa novela que o livro Crepúsculo tirou essa ideia de vampiros
andarem de boa na luz do sol, mas aqui eles não brilham); segundo, ele pode
passar por portas trancadas e assumir a forma de um ser peludo semelhante a um
gato. Porém, ainda possuem fraqueza de canções religiosas e estacas cravadas em
seu coração.
Há conotações de um relacionamento lésbico por parte de
Carmilla e Laura, e bem explícito no caso da primeira. Mas fica ambíguo se
Carmilla nutria algum sentimento por Laura e se isso fazia parta de sua
natureza vampira para atrair sua presa. O livro quer que você acredite que Carmilla
era apenas um monstro que tinha suas presas favoritas e por isso as demorava
para matar. Porém, essa informação é dada por terceiros e esse ato foi
comparado a uma pessoa apaixonada. O fato de todas as suas vítimas terem sido
mulheres também não foi explicado. Como a novela só entrega o ponto de vista de
Laura, nunca saberemos o que Carmilla realmente pensava. Quanto Laura, ela fala
do quanto adorava Carmilla e como esta a encantava por sua beleza e jeito de
ser, ao mesmo tempo que a deixava assustada, principalmente quando lhe dizia
coisas estranha, numa mistura de amante apaixonado com tema macabro.
A história me agradou, apesar de não ser fã do gênero e
por seu tamanho pequeno, sua leitura foi dinâmica e rápida. Recomendo a quem
goste de literatura de terror, principalmente os clássicos. Se não gostar,
ainda assim recomendo. É curta, mas perfeita para ler em uma noite de
Halloween.
sexta-feira, 25 de outubro de 2019
sexta-feira, 18 de outubro de 2019
sexta-feira, 11 de outubro de 2019
A Biblioteca à Noite
Hoje fui a uma exposição no
SESC de Copacabana sobre bibliotecas. Acho que quem gosta do assunto, vai
adorar essa experiência. Infelizmente não pude tirar fotos (a figura acima foi
tirada de um livreto). Esse evento foi criado pela companhia do diretor
canadense Robert Lepage, a Ex Machina, e é baseada na obra A Biblioteca à
Noite do argentino Alberto Manguel.
Na primeira parte, somos introduzidos no cenário de uma
biblioteca, que conta um pouco de como um espaço agrupado de livros faz o
leitor sentir além de alguns fatos históricos. A segunda parte já envolve mais tecnologia,
com óculos de realidade virtual, que nos conta a história de bibliotecas algumas conhecidas e outras não. Infelizmente, a nossa Biblioteca Nacional não estava entre elas.
Vale a pena. A entrada é grátis, só tem que marcar o horário no site. Uma curiosidade: no quarto andar, tem um local em que você
pode fazer troca de livros. Troquei um e deixei outros três de meus livros. E
no térreo, há um espaço para leitura com livros para distrair. É bom ver que ainda
existem lugares que dão esse incentivo.
sexta-feira, 4 de outubro de 2019
Fantasma e Zumbi em Turma da Maria e Júlia: Tirinha 1
TIRINHA
1
ROTEIRO:
MARIANA TORRES
ARTE:
MAYA FLOR
Oi gente 😊 Fico feliz em anunciar que eu e
minha irmã estamos fazendo tirinhas baseadas nas personagens do livro Fantasma
e Zumbi.
Para os curiosos, me
inspirei nas revistas da Turma do Penadinho e também no compilado de tirinhas Cães
e Gatos de Carlos Ruas.
São tirinhas que quem tem
ou já teve um cachorro ou um gato entenderá. Comprei na Bienal e não me
arrependi. Quem sabe não faço um compilado se vocês gostarem?
sexta-feira, 27 de setembro de 2019
O começo de tudo
Toda criança tem seu
primeiro livro ou o seu livro favorito. Não lembro qual foi o meu primeiro
livro, mas lembro de um de meus favoritos. A Família São Bernardo faz
parte da Coleção Casinha & Cia que eu adorava ler na biblioteca da
escola quando tinha sete anos de idade. Ele foi escrito por Eunice Braido, que
curiosamente, não tem o seu nome escrito na capa do livro. Essa versão do livro
é a de 1994, que foi a que li. Teve uma mais recente no ano de 2007 se não me
engano. Gostava dessa coleção de livros por causa das pequenas curiosidades das
raças de cachorro em formato de uma história e da A Família São Bernardo
em particular me chamou a atenção quando pequena por ter uma raça com o nome do
meu primo.
Mas não foi só por ele ter sido o meu livro favorito na
infância que o estou mencionando. O que o torna especial é o fato de ele ter me
incentivado a escrever. Gostei tanto dessa coleção que quis fazer eu mesma os
livrinhos. Com a ajuda de minha mãe, que fez as capas e escreveu em dois dos
meus livros, A Família Dálmata, A Família Cocker e A Família
“Viralata” (eu tinha sete anos e escrevi errado) nasceram. Fui eu que fiz
as ilustrações e já vejo que não levo jeito para este ramo. É claro que naquela
época, eu nem pensava em ser escritora. Queria ser veterinária como a maioria
das crianças de sete anos da minha geração. A pequena Mariana nem imaginava
onde isso ia dar.
Quanto ao livro, a
história é bem simples e para um público específico de seis a oito anos. Porém,
nunca subestime o poder de um livro infantil. Nunca se sabe o fruto que ele
pode gerar no futuro da criança.
sexta-feira, 20 de setembro de 2019
Resolvi dar uma chance e deu nisso
Bem, eu disse na resenha
de A caçadora de dragões que provavelmente não ia ler a sua continuação.
Acabei que li.
Roa e o falcão que a acompanha, Essie, na verdade são
irmãs gêmeas que dividem os pensamentos uma com a outra. Agora que está casada
com o rei de Firgaard, Dax, Roa tem uma grande responsabilidade em suas mãos,
além de ter que dar um jeito de trazer sua irmã de volta.
A rainha aprisionada é, como disse no primeiro
parágrafo, uma continuação de A caçadora de dragões. Ela foi escrita em
2018 pela mesma autora do primeiro, Kristen Ciccareli, e lançada em português
nesse ano de 2019. O diferencial desse livro para o primeiro é que seu ponto de
vista é trocado. Ao invés de Asha, a protagonista agora é Roa, a atual rainha,
vinda da tribo nativa da Casa da Música.
Assim como no primeiro romance, A rainha aprisionada
também possui histórias extras que ajudam a completar lacunas da história
principal. Grande parte delas se trata do passado de Roa com a irmã e com Dax.
Mesmo assim, achei o enredo muito previsível. E ainda por cima, possui o maior
clichê de todos: o triângulo amoroso. Ao contrário de alguns, não o odeio
tanto, mas não achei ele tão bem utilizado aqui.
Não esperava muito desse romance, por isso não me
decepcionei. Mas também não me surpreendeu nem aumentou minhas expectativas
para ler o terceiro volume.
quarta-feira, 11 de setembro de 2019
Bienal do Livro 2019
Como uma amante de livros
que se preze e que tem o privilégio de morar no Rio, é óbvio que eu não
perderia a oportunidade de ir à Bienal. Descobri esse ano que autores podem ir
de graça, apenas se inscrevendo no site, que ganha o ingresso para todos os
dias do evento. Só fui em um, porque não tinha companhia para ir nos outros e,
apesar de morar no estado, do Flamengo para a Barra da Tijuca é muito longe,
ainda mais com o acontecimento que irei mencionar mais tarde. Como autora, tive
que levar pelo menos um livro de minha autoria para entrar. Dito isso, vou
contar como foi o esse dia.
Fui na sexta-feira, dia 6 de setembro. Estava planejando
ir na segunda, mas estava doente nesse dia. A saga começou quando meu pai e eu
pegamos o metrô para ir até o Jardim Oceânico, na Barra da Tijuca. Mas tivemos
que parar em uma estação antes, em São Conrado, pois a Jardim Oceânico estava
sem luz. Descobrimos depois que foi por causa do roubo de cabos elétricos da
estação. Triste. Não conseguimos pegar um táxi nem mesmo um ônibus em São
Conrado, por isso, voltamos uma estação e pegamos um táxi por lá. Essa viagem
custou 80 reais. Ainda bem que meu ingresso era de graça.
Chegando lá, ainda não estava muito cheio. Almoçamos por e
fomos a palestra da Carreira Literária, no auditório do Café Literário. Os
convidados foram Flávia Iriarte, fundadora da Carreira Literária, a autora
Andressa Tabaczinski e Carlos Andreazza, editor da Record, com a mediação feita
por Juan Jullian. A discussão foi sobre como estava a situação dos livros no
Brasil, com a falta de dinheiro e o pouco hábito do brasileiro com a leitura.
Também falaram de política e como a Record seleciona livros tanto da direita
quanto da esquerda apesar dos conflitos de hoje e como é importante ouvir ambos
os lados. Como tinha um bom número de pessoas na plateia, aproveitei e ao final
distribuí alguns marcadores dos meus livros.
Quando a palestra acabou, mais ou menos 14h, a Bienal já
estava lotada. O estande da Panini
estava com uma fila enorme e nem deu para comprar o mangá da Turma da Mônica
Geração 12 volume 2 que eu queria. Estava cheio de crianças vindas de
passeios programados pelas escolas. Era uma confusão. Além dos estandes das
grandes editoras, também havia estandes de livrarias e pequenas editoras.
Algumas delas vendiam até jogos de tabuleiro.
No final, ao invés de livros, comprei quatro histórias em
quadrinhos: Cães e Gatos de Carlos Ruas da editora Planeta, que são
tirinhas publicadas em livro; o volume 1 e 2 do mangá A Menina do Outro Lado,
criado por Nagabe e distribuídos pela editora Darkside; e Aurora nas Sombras
de Fabien Vehlumann e Kerascoët que também foi distribuída pela Darkside e
assim como o mangá mencionado anteriormente, vem de capa dura. Quanto ao mangá da
Turma da Mônica, não consegui entrar no estande da Panini, então acabei
comprando no jornaleiro mesmo.
quarta-feira, 4 de setembro de 2019
Desemprego
No Brasil, o número de pessoas
desempregadas é grande. Por isso, não se pode dar mole. Na sexta passada, o meu
notebook novinho, que ganhei em abril deste ano parou de funcionar. Aparecia o
logo inicial, carregava depois de um tempo e ficava tela preta. Não aparecia
mais nada. Fiquei muito zangada, pois aonde iria escrever meus textos agora?
Descobri que eles estavam salvos no meu celular, mas digitar muito tempo no
celular com aquela letrinha é muito cansativo.
Então, lembrei do meu antigo computador, que tem mais ou
menos uns sete anos. Ele é lento, mas ainda funciona. Deixei o novo no outro
lado da mesa e comecei a usar o velho. Hoje, decidi levar ao conserto. Porém, resolvi
testá-lo antes para não passar vergonha e ele acabar funcionando normalmente. E
adivinhe? Está funcionando. Nada como a ameaça de um concorrente para que seu funcionário
preguiçoso trabalhe do jeito que você precisa.
sexta-feira, 16 de agosto de 2019
O Trabalho
Mais um dia de trabalho. Nunca tenho descanso. O corpo
no chão era de um homem. Seu nome: José Carlos Cavalcante da Silva Júnior.
Idade: quarenta e cinco anos, separado, com dois filhos pequenos. Morte: atingindo
por uma bala de uma quadrilha rival. Sinceramente, estou cansada de levar
pessoas que morrem desse jeito. Melhor seria levar uma pessoa velhinha que já
tenha vivido bastante. Mas é o chefe que manda. Cutuco o corpo com meu bastão e
sua alma sai instantaneamente. E finalmente falo:
- João
Carlos, me acompanhe até o purgatório para seu julgamento.
sexta-feira, 2 de agosto de 2019
Mitologia Russa
Acho que não é novidade
para quem lê o meu blog que gosto de mitologia e, como diz o título, este aqui
apresenta seres da mitologia russa. O urso e o rouxinol foi escrito em
2017 pela escritora americana Katherine Arden, sendo o primeiro de uma trilogia. Suas continuações são A menina na torre, lançada em 2018 e já traduzida para
o português pela editora Fábrica 231; e The Winter of the Witch (O inverno da bruxa), lançada em 2019 nos Estados Unidos.
Vasilisa nasceu pelo desejo de Marina de ter uma menina
com as mesmas habilidades de sua mãe de ver criaturas mágicas. Agora que seu
pai se casou novamente, Vasilisa tem que lidar com a madrasta, que vê esses
seres como demônios além de tratá-la mal.
No começo do livro, já teve algo que achei meio chato e no
decorrer do livro só piorou, que foram os nomes e sua pronúncias. Por se passar
na Rússia, palavras como Vasilisa, Morozko, Pyotr Vladimirovich, domovoi,
vodianoy são comuns, mas muito difíceis de pronunciar e até de lembrar. Além
disso, havia expressões também em russo que os personagens usavam como batyushka
(padrezinho) e devushka (donzela), mas há um glossário para caso esqueça o
significado. Apesar de ter achado um tanto irritante não conseguir ler direito
essas palavras, entendo o porquê de a autora usá-las.
O romance é dividido em três partes e não é focado apenas
na protagonista. Normalmente, gosto desse tipo de narrativa, pois ela dá uma
visão maior da história e do que está acontecendo. Mas, ter tantos personagens
em foco pode deixá-la lenta, que foi o caso.
Assim como em Fronteiras do Universo, a religião cristã
é tratada de certa forma como a “vilã”. Ou melhor, o fundamentalismo de seus
crentes é tratado como um recurso em que o verdadeiro antagonista usa a seu
favor para conseguir o seu objetivo. Por causa disso, os seres “pagãos” do
lugar começam a desaparecer, quando antes ambas as crenças viviam em harmonia,
pois as pessoas acreditavam nas duas. Acho que fica subentendido qual lição
podemos tirar disso.
Se tivesse que dar uma nota, daria 5 de 10. Não achei tão
empolgante quanto outros livros que li. Como disse em um parágrafo anterior, a
história é lenta e só comecei a me interessar no meio da segunda parte. A
protagonista é a típica garota que desafia os costumes de sua terra por ser
mais selvagem e fazer atividades mais “masculinas” ao invés de ser recatada e
dócil para ser aceita pelo futuro marido. Sinceramente, estou enjoada desse
estereótipo. Mas o livro tem pontos positivos ao apresentar seres de um
folclore que não tenho muito acesso, mesmo que esses personagens não tenham
tanto desenvolvimento. Os que tem mais foco são Morozko, que suponho que será o
interesse romântico da heroína no futuro, e Medved, o antagonista. Já tenho em
posse o segundo livro, porém devo demorar a lê-lo, pois tenho outras leituras.
Além disso, apesar de dar base para uma continuação, ele funciona como um livro
único, por isso, não tenho pressa em ler sua sequência.
sexta-feira, 26 de julho de 2019
sexta-feira, 19 de julho de 2019
O camaleão leão
Era uma vez um camaleão
Que queria muito ser
leão.
Ele sabia se camuflar
Mas não sabia urrar.
Podia as cores mudar.
Decidiu assim então
Sua cor original
trocar
Para a de um leão
bonitão.
Ele tentou caçar
Uma zebra listrada.
Mas a ela não
conseguia enganar
E dele deu uma
gargalhada.
Tentou urrar
Mas nada saía.
Tanto contraía
Que acabou por
arrotar.
Desistiu de ser leão.
O bom mesmo era ser
camaleão.
Podia da cor da terra
e da árvore se tornar
E sua língua esticar.
Voltou
aos insetos caçar.
Com sua camuflagem
fabulosa
Sua técnica era
meticulosa
E eles não conseguiam
escapar.
Olhando tudo
Estava um poderoso
leão
Que pensava o quão
sortudo
Era ser um habilidoso
camaleão.
sexta-feira, 5 de julho de 2019
Story Cubes
Está sem inspiração para
escrever e deseja jogar algo com os amigos? Então encontrei a coisa certa para
você. Os Story Cubes são dados com vários desenhos variados em suas facetas. Ao
jogá-los, você e seus amigos terão que inventar uma história que corresponda ao
desenho. Por exemplo:
Era uma vez uma bruxa que
morava no alto de uma montanha. Em uma manhã, ela estava com seu caldeirão
fazendo uma nova poção. Mas faltava um ingrediente...
Essa poção faria quem
bebesse ficar pequeno e o ingrediente que faltava era pena de corvo. Como não
havia corvos em sua região, ela teve que cruzar os mares a procura de um.
Ao chegar à região onde
tinha corvos, ela se deparou com um guerreiro de armadura, que estava tendo
problemas com sua carroça, cujas rodas de madeira haviam quebrado. A bruxa
decidiu ajudar, substituindo as rodas por cobras gigantes, que rastejavam de
forma rápida. Muito agradecido, o guerreiro capturou um corvo, que ela pode
levar para casa e completar sua poção. Sua poção fez tanto sucesso que ela
ficou rica, criou uma fábrica, com várias lojas ao redor do mundo.
Quanto mais bizarra, mais engraçada fica a história.
Recomendo muito esse jogo.
sexta-feira, 28 de junho de 2019
A dentuça que não era baixinha nem gorducha
Como já fiz a resenha de
um livro infantil de uma autora angolana, nada mais justo do que fazer uma
análise de um conto vindo de Moçambique. O jovem caçador e a velha dentuça
foi escrito por Lucílio Manjante e ilustrado por Brunna Mancuso. A editora é a
Kapulana que conta como histórico várias obras de autores africanos.
Um jovem caçador vai até a floresta, conhecida por ser um
local habitado por belas mulheres que não envelhecem, e que também vive uma velha
com dentes de um metro de altura.
Esse é o tipo de história que tenho mais interesse, pois
sua estrutura lembra bastante um conto de fadas. De certa forma, é um conto de
fadas, só que de origem moçambicana ao invés de europeia, cujas histórias são
mais conhecidas pelo público geral. O livro também traz uma outra versão da
história chamada O rapaz caçador e seus três cães, contada por Laurinda
Tibana. Mas esta versão conta desde o início como a velha mata os homens,
estragando a surpresa.
As ilustrações são simples, mas atraentes e coloridas,
que combinam bem com o público que desejam atrair. Elas também são usadas
espertamente para explicar o significado de algumas palavras que, com exceção da
palavra canídeo, são desconhecidas. Recomendo a leitura tanto para adultos que
gostam de contos populares de outros países quanto para crianças.
quarta-feira, 12 de junho de 2019
Presente
- Oi amiga, tá comprando roupa
pra quem?
- Para o amor da minha vida.
- Finalmente arrumou um namorado?
- Muito melhor, olha ali.
A garota aponta para o espelho enquanto seu reflexo sorri
e dá um tchauzinho.
Para as pessoas que estão
sem namorado(a) nesse dia 12: Vocês não estão sozinhas 😉.
sexta-feira, 7 de junho de 2019
Angola + Brasil = Literatura
Acho que nunca fiz uma
resenha de um livro dirigido apenas ao público infantil. Tem a primeira vez
para tudo e esse livro é interessante de se comentar. Kambas para sempre pertence
à editora Kapulana, sendo sua escritora Maria Celestina Fernandes, uma autora
de origem angolana. Suas ilustrações foram feitas pela brasileira Mariana
Fujisawa.
Lueji é uma menina brasileira que tem o nome de uma
rainha africana. Ela aprende a história de seus antepassados africanos enquanto
lida com o preconceito sofrido na escola.
O livro é bem didático, obviamente direcionado a crianças
de oito a dez anos. As ilustrações são bem atrativas para o público infantil. Ele
trouxe duas palavras do vocabulário angolano: bué (gosto muito) e o kamba
(amigo/amiga) do título. Gostaria que tivesse trazido mais. A única coisa que
me deu estranheza foi como a avó da menina usou o pronome tu e conjugou os
verbos desse pronome corretamente. Quase nunca escuto pessoas aqui no Brasil usar
o pronome tu ainda mais conjugando os verbos de forma certa. Mas isso pode ter
sido uma escolha da autora para diferenciar a fala da avó dos outros
personagens.
Kambas para sempre é um livro bonitinho e de fácil
entendimento para a faixa etária que comentei no parágrafo acima. Daria um ótimo
paradidático.
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