quinta-feira, 31 de outubro de 2024

O Vampiro mais Popular

 


            Para esse Halloween, nada mais justo do que fazer uma resenha do vampiro mais popular do mundo. Drácula foi escrito por Bram Stoker em 1897 e teve várias adaptações para o cinema, assim como a aparição do personagem em outras mídias. Sem mais delongas, vamos para o resumo:

            Jonathan Harker está indo se encontrar com o Conde Drácula para fazer negócios. Mas quando chegou ao seu hotel em Bistritz e avisou aos donos que iria encontrar o conde, eles começaram a agir de forma estranha. A dona lhe disse que era véspera do dia de São Jorge e que a meia-noite, todos os espíritos malignos estarão a solta. A mulher deu uma cruz e antes de partir numa carruagem, os outros cidadãos também fizeram sinais da cruz. Será que as crenças desse povo tinham algum fundo de verdade?

            A narrativa é contada através de diários, cartas, pedaços de jornal, telegramas e memorandos, tudo em ordem cronológica. Como leitora, acredito que teria sido melhor deixar o relato de Jonathan Harker enquanto ele esteve no castelo do Conde mais para o meio do livro, pois não saberíamos quem é o Drácula nem do que ele é capaz, dando a história um ar de mistério. Mas entendo que essa estrutura foi escolhida assim justamente pelos personagens que enfrentaram o vampiro.

            Por falar nos personagens, temos vários deles: Jonathan Harker, que encontrou o Conde no começo e é determinado em proteger a sua noiva.  Mina Murray, sua perspicaz noiva e amiga de Lucy. Lucy, uma jovem doce que sofria de sonambulismo e foi uma das vítimas do Conde. John Seward, um homem sério que cuida de um manicômio em que um dos loucos parece ter tido contato com o Conde. Abraham Van Helsing, amigo e ex-professor de Seward, muito sábio, foi quem descobriu sobre o vampiro e tenta eliminá-lo. Arthur Holmwood, o noivo de Lucy, um nobre que ajuda o grupo com seu status e dinheiro. Quincey Morris, um americano que já viveu várias aventuras em suas viagens, sendo muito bom em caçadas e amigo de John e Arthur, que também estava apaixonado por Lucy. Com isso, formamos personagens perfeitos para um jogo do Arkhan Horror. Brincadeiras a parte, eles formam um bom grupo de heróis, uma pena que uns se destacam mais que outros. Quanto ao vilão e titular do livro, por incrível que pareça, quase não aparece. Seu passado é um mistério e tudo o que sabemos é que é um ser maléfico, inteligente e paciente. Possui vários poderes, como controlar lobos e ratos, se transformar num lobo ou morcego, fazer ou se tornar uma neblina, transformar quem morde em vampiros etc. Ao contrário do que todos pensam, ele não morre com a luz do sol, apenas diminui os seus poderes.

            A edição que possuo em mãos conta que o conde foi baseado no príncipe Vlad III Dracula, o Empalador, que fica bem óbvio pelo nome, e existe a possibilidade que o autor tenha colocado algo da Condessa de Sangue Elizabeth Bathory, que torturou e matou muitas moças, acreditando que o sangue delas a fazia rejuvenescer. Também teve inspiração no livro Carmilla, outra vampira popular cuja resenha já foi feita nesse blog.

             Quanto a história, eu gostei, diria que seu maior defeito foi o clímax, que não teve muita graça. E tenho que avisar aos mais sensíveis que o livro é de 1897 e que o diálogo de Van Helsing sobre Mina ter um coração de mulher e a inteligência de um homem não foi com o intuito de ofender a moça. E para as personagens daquela época, Mina é bem ativa e ajuda bastante o grupo a deter os planos do Drácula. Dito isto, recomendo a leitura deste clássico, só fique alerta se ouvir uivos em seu caminho.

 

 

 

 


Nenhum comentário:

Postar um comentário