Alguém já leu Reinações
de Narizinho e se perguntou quem era o Barão de Munchhausen? Este livro irá
te responder. Aventuras do Barão de Munchhausen foi escrito por Rudolf
Erich Raspe e publicado em 1785.
Numa época em que não existia cinema nem televisão e
teatro era apenas para os ricos, os camponeses tinham pouco com o que se
distrair, vivendo sempre seu cotidiano entediante. Mas não foi essa a vida que
levou o Barão de Munchhausen. Ele teve muitas aventuras em suas caçadas e agora
em sua velhice, ele distrai os trabalhadores contando suas histórias.
O que mais chama a atenção desse livro é o nível de loucura das
aventuras do barão, que faz lembrar os desenhos clássicos como os Looney Tunes.
Um exemplo é demonstrado na capa do livro em que um cavalo é cortado ao meio e
ainda continua vivo, tendo sua parte traseira costurada depois. Outro é quando
o barão atira em um veado com uma semente de cerejeira e dois anos depois nasce
uma árvore entre suas galhadas. Essa história da cerejeira é referenciada em Reinações
de Narizinho em que o barão tenta caçar o Pássaro Roca atirando sementes de
cerejeira para que nasça um bosque e faça a ave parar de voar, pois nenhuma
arma surtia efeito no bicho. Existem algumas aventuras mais pés no chão, mas
estas são bem poucas e ainda assim tem um pouco de exagero.
Assim como o príncipe Edward do Príncipe e o Mendigo,
o Barão de Munchhausen realmente existiu, porém, não sei se classificaria como uma
ficção histórica pois apesar de ser inventada, a história do Príncipe e o
Mendigo não possui seres imaginários nem a "física de desenho animado" (exemplo: um homem ser atropelado e depois sair andando feito folha de papel) como as Aventuras do Barão Munchhausen, tendo uma proposta bem mais
realista. O barão da vida real, assim como o do livro, era realmente um
contador de histórias e é dito que o autor desse livro transcreveu todas as
aventuras que ouviu. Agora se o exagero delas veio do barão ou do escritor, não
dá para saber. Talvez tenha sido os dois, pois como dizem: “quem conta um
conto, aumenta um ponto”.
É um bom livro para crianças entre oito e dez anos, desde
que elas não sejam tão sensíveis a morte de animais já que o barão é um
caçador. E tem que se levar em conta que a obra é de 1785 e era uma época bem
diferente do que é hoje. Nada me ofendeu nesse livro, mas cada um tem sua
sensibilidade. Então, segure em uma bola de canhão e atire em direção a essa
aventura.
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